- Salvador, 14 de novembro de 2012. Quarta-feira.
# - Cabula.
Na resenha entre os amigos: Emerson, Fafau e Faaeel, o tema era
a trilha da Chapada Diamantina, entrando em acordo para fazer a fumaça por
baixo. Em outubro de 2012, Faaeel comunicou em um grupo do facebook chamado
Camping de Seu Daí, através de um tópico de um membro, que iria fazer a trilha
da fumaça por baixo, a partir do dia 15 de novembro. Dois dias depois o mesmo
recebeu uma notificação, que na verdade foi o convite de uma garota de nome
Graziela demonstrando interesse em fazer a trilha.
Faaeel Explicou a ela como seria a trilha, o método que iria
aplicar para explorar a trilha da fumaça, a fim de chegar ao ponto que da para
observar a queda por baixo (frontal) e por cima. Ela topou na hora e marcaram
para comprar a passagem no mesmo ônibus, já que Graziela iria partir da cidade
de Feira de Santana- BA.
No dia 10 de novembro Emerson, Fafau e Faaeel seguiram para a
rodoviária no guinche da empresa Real Expresso, compraram a passagem para a
cidade de Lençóis – BA, no dia 14/11/2012, as 23:15, com o horário previsto em
chegar na cidade as 05:00 da manhã.
* O
município de Lençóis BA é considerado por muitos a capital da Região da Chapada
Diamantina por receber muitos turistas e servir de base de hospedagem e
comodidade.
Mas o foco do grupo era fazer a trilha como foi planejado e
mapeado, iniciando o caminho a partir do município de Lençóis – BA.
No dia 13/11/2012, Emerson, Fafau e Faaeel compraram bastantes
alimentos, até de mais, separando para igualar o peso na cargueira. Após, foram
conferir os acessórios e ficaram na expectativa para mais uma aventura em uma
nova trilha (PARA ELES) a ser explorada. Sendo assim, acertaram todos os
detalhes e se recolheram para no outro dia poder embarcar.
Dia 14/11/2012, os três seguiram para a rodoviária e embarcaram
no ônibus que faz a linha: Salvador BA x Seabra BA, da empresa Rápido Federal
no horário das 23:15.
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FOTO 01: RODOVIÁRIA
DE SALVADOR, 2012.
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- Feira de Santana, 15 de novembro de 2012. Quinta-Feira.
# - Feira de Santana BA x Itaberaba BA x Lençóis BA.
Seguindo pela estrada a viagem foi tranquila, com direito a mais uma parada no município de Itaberaba-BA para um lanche. Após, o veículo seguiu, chegando ao município de Lençóis BA as 05:00 da manhã.
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Fonte 02: borges. Eduardo, rota da fumaça por baixo, gps garmin, 2011 |
A perspectiva era de iniciar a trilha as 06:00 da manhã, mas, a cidade só abre os estabelecimentos a partir das 07:00 da manhã e como o grupo estava na dependência de uma lojinha para tomar café e comprar o etanol no posto de gasolina, não deu para sair no horário combinado. Sendo assim, os quatros esperaram o horário de abrir os estabelecimentos no centro do município de Lençóis BA.
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Foto 03: Centro da cidade em lençóis, Bahia . Graziela, Fafau, Faaeel. 2012
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Nesse período,
Faaeel pegou o mapa e começou a planejar o tempo de cada percurso, com
anotações, a fim de chegar antes de escurecer na primeira parada que é o
acampamento base da Cachoeira do Palmital. Na resenha, um rapaz ouviu a
conversa do grupo e interrompeu perguntando se ele poderia fazer parte da
equipe. Faaeel perguntou o motivo e ele explicou que era novo na cidade, vindo
da cidade de São Paulo-SP, com pretensões em
morar em Lençóis - BA e estava na expectativa em fazer as trilhas locais
para conhecer, e quem sabe, trabalhar como guia na cidade. Sendo assim, o grupo
topou e incluiu o rapaz no grupo.
* O nome é Alê, apelido de Lê, um cara gente boa, paciente e um ótimo
cozinheiro. Uma das melhores coisas que aconteceu foi de ter aceitado o mesmo
no grupo, pois, ia servir de grande ajuda para todos. A presença dele foi muito
importante, uma ótima pessoa para fazer trilhas.
As 07:00h, todos tomaram um café bem reforçado. Antes de começar
a trilha, seguiram ao posto de gasolina e compraram 01 litro (1l) de etanol
para auxiliar na cozinha. Após, iniciaram a longa caminhada em busca de
observar a Cachoeira da Fumaça (Por baixo).
*A trilha é recomendada com guia, pois, existem vários pontos confusos
e o individuo mal orientado pode passar dias perdido na serra. Mas, como o
grupo se preparou para fazer a trilha e Faaeel tem uma base em coordenadas,
encararam essa grande aventura pelas serras da Chapada Diamantina.
# - Centro de Lençóis x Ribeirão do Meio.
A trilha inicia subindo a rua das pedras, no
centro de Lençóis, passando pela delegacia e indo de encontro com a trilha para
o Ribeirão do meio. A trilha até o ribeirão é bastante tranquila, bem marcada e
aberta. O percurso foi feito aproximadamente em 40 minutos, em um ritmo
acelerado, até o primeiro ponto de parada, que é o Ribeirão do Meio. Mesmo
sendo uma trilha fácil até o Ribeirão, as costas de todos do grupo já começavam
a “reclamar” pelo peso da mochila cargueira e o “sangue frio”.
Ao
chegar no Ribeirão do Meio, Emerson, Faaeel, Fafau, Graziela e Lê deram uma
pausa para descansar. Aproveitaram para consumir umas frutas (Bananas,
Laranjas, Tangerinas) a fim de diminuir o peso, além de degustar alguns
biscoitos doces para “adoçar a boca”. Após, seguiram na trilha, atravessando o
rio ribeirão, até achar o começo da trilha que da acesso a Serra do
Veneno.
Foto 04:
Ribeirão do meio, Lençóis – BAHIA. Faaeel e Lê Roots. 2012
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* Um colega chamado EDUARDO
BORGES que já fez a fumaça por baixo algumas vezes e ainda faz a trilha,
deu a dica a Faaeel de que o inicio a Serra do Veneno começava no final de uma
alvenaria do outro lado do rio ribeirão, a dica dele foi fundamental para achar
o local, junto com o auxilio do mapa e a medição da bússola. Essas informações
facilitam muito na trilha.
# - Serra do Veneno x Córrego da Muriçoca.
A trilha para
subir a Serra do Veneno, nos primeiros quinze minutos, é tranquila, bem batida
e com alguns córregos provavelmente do Rio Ribeirão. Por volta das 09:30 o sol
já tinha dado o seu “sorriso”, e de quebra o aumento da temperatura, tendo
consequência o calor. Como o grupo já tinham abastecidos as garrafinhas de 500
ml de água no Ribeirão do Meio, não foi necessário abastecer nos córregos
encontrados. Só aproveitaram para lavarem o rosto e logo seguiram iniciando a
chata subida.
No inicio da subida a
trilha muda completamente, de chão batido passa para aglomerados de rochas
sedimentares, sem marcação, e com imensas boçorocas a frente. O grupo parou,
Faaeel analisou o mapa, junto com o auxilio da bússola e foi seguindo em
direção sudoeste, sempre subindo. Com as trilhas anteriores que o mesmo fez,
aprendeu o macete de que se deve olhar para algumas marcações que ficam em
lugares estratégicos que muitos guias fazem para facilitar o roteiro deles e
ainda olhar as rochas desgastadas por conta de fluxo de pessoas. Afinal, ali
era local frequente onde os guias passavam com grupo de pessoas e isso os
ajudou bastante.
Foto 05 :
Vista do Rio Ribeirão na Serra do Veneno. Lençóis, 2012.
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*A serra do Veneno é apelidada carinhosamente por alguns nativos de Serra das Confusões, por possuir uma subida de rochas sedimentares sem marcação e muito confusa.
Era
certo do grupo se perder na Serra do Veneno, estavam preparados para isso, mas,
para a surpresa dos mesmos, o que seria fato não aconteceu. Subiram a Serra e
em mais ou menos em 1:30 de caminhada Emerson, Fafau, Faaeel, Graziela e Lê
chegaram no topo da serra, onde a trilha volta a mudar, com outro tipo de
paisagem, vegetação alta e bem batida.
No topo da Serra, se o individuo reparar bem, vai encontrar uma
casa abandonada no meio da vegetação alta. A continuação da trilha é quebrando
a direita, passando pela lateral da casa, entre as vegetações altas. Nessa
parte Faaeel ficou um pouco confuso, pois, a frente tem duas trilhas, uma do
lado direito e outra reta, sendo que as duas possuem pedaços de antigas
paredes.
Chegando no córrego da
muriçoca Emerson, Fafau, Faaeel, Graziela e Lê encontraram com o grupo que
estava com os guias e que tinham passados anteriormente, os mesmos estavam
lanchando próximo ao córrego. Os cincos aproveitaram a sombra do local para
lanchar, mas tinha um problema, como o nome próprio já diz, córrego da muriçoca
(porque muriçoca?) pois, tem tanta muriçoca, mais tanta, que um sapo que for
ali se farta e vai morrer de tanto comer.
Quando Emerson, Fafau, Faaeel, Graziela e Lê pararam a fim de
mapear e se basear na bussola, para descobrir em que posição estava, passou um
grupo com dois guias e quebrou a direita, tirando a duvida do caminho.
Os guias andaram rápidos, em um ritmo bom. Bem que os cincos
queriam seguir eles, mas, com as limitações de cada um e ainda mais com a
mochila cargueira carregada com alimentos e alguns acessórios, o grupo seguiu
no ritmo que satisfazer–se a todos, rumo ao córrego da Muriçoca.
# - Toca da Onça.
Era
quase 13:00, quando Emerson, Fafau, Faaeel, Graziela e Lê chegaram na toca para
descasar. O mesmo grupo que os cincos se bateram, na casa antiga e no córrego
da muriçoca, estava lá descansando e tirando fotos. Na Toca da Onça tem um
visual incrível do Rio Capivari e de algumas Serras que o grupo não sabe o
nome. Além disso, da para observar a bonita Cachoeira do Capivari, que estava
com um volume de água razoável. Após a observação, o grupo registrou umas fotos
e foram comer uns biscoitos e frutas para esvaziar mais ainda mochila a fim de
facilitar no restante da caminhada.
FOTO 09:
TOCA DA ONÇA. FAAEEL, FAFAU, LÊ ROOTS. LENÇOIS, 2012.
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Antes
de seguir a trilha, um dos membros do grupo, que estava com os dois guia, foi
vasculhar a área. Na curiosidade, o mesmo se aproximou de uma colmeia e foi um
momento preocupante. Saiu mais de 1000 abelhas, uma nuvem de insetos, foi um
momento tenso. Emerson mandou o povo se deitar e a maioria se deitou. O grupo
que estava com os guias ficaram apavorados, mas, se deitaram junto com os guias
que se camuflaram na toca. Fafau ficou atordoado que quase se jogava do
mirante, Faaeel o segurou e o mandou se deitar. Faaeel, apavorado, colocou a
cargueira sobre o rosto e jogou terra em cima dele, não pergunte o porquê [risos].
Deve ter sido uma forma que o mesmo
encontrou em cima da hora para tentar se proteger caso o exame vier-se,
mas, só foi um susto. Após, as abelhas rapidamente desapareceram. Depois do
susto, o grupo colocou as cargueiras e seguiram na trilha, que continua atrás
do mirante.
A trilha segue
descendo um morro, logo atrás do mirante da toca da onça. Emerson, Fafau,
Faaeel, Graziela e Lê seguiram por cerca de uma hora em uma trilha batida. O
grupo estava cansado, seguindo em um ritmo devagar, rumo a primeira base a fim
de passar a noite que é a de acampamento do Palmital.
FOTO 10:
DESCIDA PARA A BASE DO ACAMPAMENTO PALMITAL. LENÇÓIS, 2012
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# - Base de Acampamento do Palmital x Cachoeira do Palmital (01° noite).
Por volta das 16:00h, um pouco atrasados, Emerson, Fafau,
Faaeel, Graziela e Lê chegaram a base. No planejamento era para ter chegado no
máximo as 15:00h, mas, isso não afetou e nem prejudicou o ritmo da caminhada. O
grupo que estava com guia ia ficar na Base de Acampamento da Capivara,
localizado acima da Cachoeira da Capivara, com direito a vista da bela
“garganta” da cachoeira, que fica mais ou menos a 02 horas da base de
Acampamento do Palmital. Sendo assim, o grupo se despediu dos cincos e seguiram
adiante para a capivara. Emerson, Fafau, Faaeel, Graziela e Lê foram armar acampamento
na base da Cachoeira do Palmital.
Após armar as barracas, Emerson, Fafau, Faaeel, Graziela seguiram para observar a Cachoeira do Palmital, que fica uns 02 minutos acima do acampamento base, na direção Oeste. Lê preferiu ficar na base com a intenção de fazer o almoço, deveria está com muita fome. De uma forma, favoreceu aos quatros que foram se banhar na Cachoeira do Palmital porque quando voltarem o almoço já estaria quase pronto.
Foto 12:
Base do acamamento palmital. Emerson, Lê Roots,
Graziela. Lençóis, 2012.
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Foto 13 :
Cachoeira do Palmital. Fafau, Emerson, Faaeel,
Graziela. Lençois,2012.
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*A
Cachoeira do Palmital fica uns dois minutos acima do acampamento base, lado ao
contrario da correnteza do rio. Quando o rio está no nível de água acima do
normal a cachoeira forma duas quedas paralelas, deixando ainda mais bela. A cachoeira
possui um imenso poço que da para se banhar tranquilamente, além de um ponto
que serve de descanso ou banho de sol para aqueles que gostam de se bronzear.
O grupo seguiu em direção a base de acampamento onde o Lê estava o esperando. Ao chegarem, o Paulista Lê, estava aquecendo o fogo a fim de preparar o estrogonofe de grão de bico acompanhado do Macarrão e Saladas. Com ajuda de Graziela, fizeram um bom cardápio, uma maravilha, a maioria raspou o prato.
Foto 14: Preparando o Almoço no acampamento. Lê Roots ,
Graziela , Fafau. Lençóis,2012.
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Depois do
Almoço, Faaeel e Lê foram se banharem nas pequeninas quedas que se forma bem a
frente do acampamento, essas quedas foram nomeadas por Faaeel de “chuveiros
naturais”. Após, o grupo se reuniu na base a fim de armar uma fogueira, jogando
um pouco de etanol nas lenhas que estavam úmidas devido a umidade.
Foto 15:
Chuveiro natural. Lençóis,2012.
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Foto 16:
Chuveiro natural. Graziela. Lençóis,2012.
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*Lembrando
que a fogueira foi feita em uma área afastada do rio e só com lenhas secas;
*SÓ USE ETANOL SE TIVER A TÉCNICA PARA
UTILIZAR, DEVE HAVER MUITA PRECALÇÃO EM RELAÇÃO AO LIQUÍDO, UM DESCUIDO PODE
TER CONSEQUENCIAS GRAVES OU ATÉ FATALIDADES, MUITO CUIDADO!.
Parabéns meus queridos amigos trilheiros!!! Espero que possamos nos conhecer e fazer algumas aventuras juntos!!! Obrigado por me creditarem!!! Abraços, Duda Borges!!!
ResponderExcluirE-mail: eduardoborges2020@gmail.com
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