- Lençóis, 01 de novembro de 2014. Sábado.
# - Cachoeira
do Fundão (por cima).
Dia nublado e
com uma chuva fraca, foi eno. Faaeel lembrou que tinha deixado algumas coisas
do lado de fora, enassim que o grupo acordou e ficou observando, dentro das
barracas, o fenômtre eles: alimentos e o fósforo. O mesmo pegou e tentou recuperar
a caixa e os palitos, sem sucesso. Com o esquecimento do isqueiro, o mesmo
procurou outra alternativa de bebida para acompanhar no café da manhã. A
solução foi um suco solúvel com: pão, queijo e mortadela. Resolvido essa
questão, Faaeel se recolheu para sua barraca e ficou na espera da chuva passar.
Fafau, Índio Jânio e Graziela estavam dormindo, acordando algumas horas depois.
Por volta das 11:00, a chuva para e os quatro começam a desmontar acampamento.
Em seguida tomaram o “café da manhã” (que foi proposto) e resenharam sobre o
percurso. O grupo já tinha a noção dos desafios e do tempo estimado até o fim
da trilha, por isso não se incomodaram de acordar nesse horário (considerado
tarde). As 11:30, Fafau, Faaeel, Graziela e o Índio Jânio seguiram até o leito
do rio XXI, onde se direcionaram até a Cachoeira do Fundão (por cima) para
visualizar a “garganta” e o poço abaixo.
Para visualizar a Cachoeira do Fundão (por cima), saindo da base
de acampamento do fundão, o trilheiro deve se direcionar até o leito do Rio XXI
e caminhar a esquerda, oscilando entre as margens: esquerda e direita, em uma
pequena descida, íngreme até a “garganta” da cachoeira, onde é possível
visualizar a queda e o poço abaixo. No trecho existem alguns pontos que merecem
ter bastante atenção, como exemplo: próximo da “garganta” da cachoeira, onde as
rochas são cheias de limo e possui uma fissura, deixando o solo bastante
escorregadio, exigindo cuidado para não ocorrer um acidente. Outro ponto a ser
destacado é um pequeno mirante, na margem esquerda do Rio XXI, onde possibilita
a visualizar a “garganta” do fundão de frente, além da queda, bem próxima.
Após a
observação, Fafau, Faaeel, Graziela e o Índio Jânio voltaram até o acampamento
base para pegar as cargueiras e seguir em direção a Cachoeira do XXI.
Foto 19 – Índio Jânio. Cachoeira do Fundão (por cima). Trilha do
XXI: Lençóis, Bahia, 2014.
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# - Cachoeira
do XXI.
Caminhando
pela margem direita, outras vezes pela margem esquerda, ou até mesmo pulando
sobre as rochas, Fafau, Faaeel, Graziela e o Índio Jânio chegaram até o poço da
Cachoeira do XXI, após 10 minutos do ponto de partida: o acampamento base. No local os quatro ficaram decepcionados, pelo
fato de encontrar a cachoeira “seca” e o poço com uma água parada e cheio de
galhos.
A Cachoeira do XXI é formada pelo Rio XXI, sua queda possui aproximadamente
entre 18 a 20 metros. Abaixo existe um poço arredondado, que no momento estava
com a água parada e cheia de galhos. A Cachoeira do XXI não possui uma queda
perene, para visualizar sua queda é necessário que ocorra uma forte chuva (em dias
anteriores) para que ocorra essa possibilidade. A Cachoeira, com sua forte
queda, é bastante bonita (vista por fotos). Entretanto, a cachoeira sem água deixa
a paisagem “sem graça” (modo de falar).
Mas o objetivo
principal do grupo é a rota, onde possibilita a visualizar essas paisagens
citadas (no caso as cachoeiras). Os mesmos observaram rapidamente. Fafau tentou
até mergulhar no poço, mas cismou pela grande quantidade de galhos e da água
que estava parada. Em seguida os quatro carregaram suas cargueiras e seguiram
pela margem esquerda do rio XXI.
Foto 20 – Faaeel. Cachoeira XXI” seca”.Trilha do XXI: Lençóis,
Bahia, 2014.
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# - Córrego
Branco.
Na Cachoeira do XXI, Fafau
e Faaeel observaram uma trilha, batida, bem na margem esquerda do rio, com uma
pequena subida íngreme. O colega Eduardo
tinha falado com Faaeel (na resenha na livraria de um shopping da cidade de
Salvador, Bahia) que a partir da Cachoeira do XXI a trilha segue na margem
esquerda, acima do paredão, próximo a uma ribanceira que termina em cima da
cachoeira do XXI. Eduardo reforçou a sua fala dizendo que nesse caminho possui
uma “escada” feita por algum indivíduo para facilitar a subida sobre uma grande
rocha que existe no decorrer da trilha. Além disso, Eduardo chamou a atenção de
que essa escada estava quebrada e que poderia impedir do grupo seguir na trilha.
Com todas as observações citadas por Faaeel para os demais, o grupo iniciou
a “tranquila” caminhada. Após uns 150m,
duração de 05 minutos, os quatro trilheiros observaram a trilha na margem da
ribanceira, onde deveriam seguir com muito cuidado. Mais a frente, o grupo encontrou
a escada quebrada apoiada em uma grande rocha.
Foto 21 – Fafau, Trilha do XXI: Lençóis, Bahia, 2014.
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A escada foi construída
com cinco troncos. Sendo, que, dois grossos (que serviram de base) e três finos
(para os degraus). Pela análise do grupo perceber-se que inicialmente os
degraus foram pregados e com o passar do tempo esses pregos não resistiram,
abalando a estrutura. Em outro momento algum trilheiro colocou cordas para o
sustento desses degraus, porém essas cordas não suportaram o ambiente, se
rompendo e danificando a escada, impedindo a continuação da trilha.
Após a
análise, Fafau e Faaeel foram providenciar o “concerto”, procurando algo que pudesse
sustentar os degraus. O Índio Jânio argumentou que um pedaço de rocha poderia
sustentar os degraus, dizendo que como deveria colocar. Partindo dessa ideia,
Fafau pegou mais dois fragmentos de rocha e iniciou o concerto da escada.
No primeiro momento Fafau
apoiou os degraus no paredão, a esquerda, e aproveitou a corda que tinha na
escada e amarrou os degraus, a direita, dando uma sustentabilidade na madeira.
No segundo momento Fafau pegou mais dois fragmentos de rocha e colocou ao lado
dos degraus, ao lado esquerdo, para que o pedaço de madeira não corresse,
podendo desmontar a “escada”.
Com o
“concerto” improvisado da “escada”, Fafau foi o primeiro a subir. Em seguida
ele pediu a cargueira dos demais (e a dele) para deixar na parte de cima com o
objetivo em facilitar a subida do trio que estava em baixo.
Para reforçar,
Fafau pegou uma rocha maior e fez de “martelo” para bater nas rochas menores
para fixar a madeira mais fina entre o paredão e a madeira mais grossa,
deixando a escada “tesa” e bem reforçada.
Foto 23 – Fafau, Trilha do XXI: Lençóis, Bahia, 2014.
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Foto 22 – Fafau, Trilha do XXI: Lençóis, Bahia, 2014.
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Vencida a “escada” e provisoriamente “consertada”, Fafau, Faaeel, Graziela e o Índio Jânio continuaram a caminhada ao lado de uma escapa, que da para visualizar o inicio da trilha que ocorreu ao lado do poço do XXI. O grupo observou que existe uma queda fina, de aproximadamente 10m, ao lado direito do poço do XXI. Quem está em baixo só da para ver um pequeno trecho dessa queda, quem está acima da para ver todo o trajeto da queda d água. Mais a frente o grupo observou que a trilha “dobra”, a esquerda, e finaliza em um paredão. Chegando ao local os quatro observaram um pequeno trecho, a direita, em uma pequena descida entre o paredão e uma grande rocha, criando um estreito corredor. Após passar por esse ponto, Fafau, Faaeel, Graziela e o Índio Jânio estavam no topo da seca Cachoeira do XXI.
No topo, o
grupo observou a garganta da cachoeira e voltou, seguindo pelo leito do Rio XXI
pedregoso e seco, que está a esquerda. Esse trecho é conhecido como Córrego Branco (deve ser pela cor das rochas
serem brancas, devido a uma cama de fungos). Nesse trecho da trilha, Fafau,
Faaeel, Graziela e o Índio Jânio tiveram um pouco de dificuldade de
“escalaminhar” as rochas do leito, por conta de serem grandes em boa parte do rio.
A direção até o próximo ponto (córrego verde) é tranquilo, já, que, trilhas em
leito de rio são “mais fáceis” pelo fato do rio oferecer uma direção (não
generalizando todos os percursos).
Pulando de
rocha em rocha, o grupo chegou até uma bifurcação, onde: ao lado direito é a
continuação do Rio XXI e; a frente é um cânion de uma coloração bem verde,
devido a vegetação (herbáceas, arbustivas e arbóreas). Consultando o mapa, os
quatro observaram que a trilha segue em frente. Saindo do leito do rio e
iniciando a caminhada sobre um grande paredão, Fafau, Faaeel, Graziela e o
Índio Jânio chegaram até o Córrego Verde, por volta das 13:00.
Foto 25 – Córrego Branco. Trilha do XXI: Lençóis, Bahia, 2014.
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# - Córrego
Verde.
No inicio o
grupo já visualizou um pequeno córrego, onde aproveitaram para encher as
garrafas de água e lavar o rosto. Entretanto, Fafau, Faaeel, Graziela e o Índio
Jânio não demoraram muito, pelo fato da grande quantidade de muriçocas que
“perturbava” o grupo, deixando-os impacientes. A água estava limpa, saborosa e
gelada. Observando o inicio do trecho, os quatro já imaginaram porque o nome
“Córrego Verde”.
O verde é pelo
fato do local ser “bastante verde” [risos],
devido a abundante vegetação concentrada no local. Além disso, esse trecho
é um dos poucos “intactos” da região da Chapada Diamantina, onde a presença do
homem não é frequente. As rochas são coberta por musgos, devido ao local ser
úmido (Fato do córrego e da sombra que
ocorre o dia todo e pela grande quantidade de vegetação do tipo arbórea). O
inicio do Córrego Verde já deixou o grupo cismado, pela periculosidade em se
acidentar. As rochas estavam bastante escorregadias e os mosquitos continuavam atacando
os quatros, deixando-os nervosos. Com todos esses fatores, Fafau, Faaeel,
Graziela e o Índio Jânio foram com maior cautela, “pulando entre as rochas” e
se apoiando no tronco das árvores em direção a Cachoeira da Fumaça (por cima).
No decorrer do
percurso, o grupo observou que o trecho é uma subida bastante íngreme. Em
alguns pontos era necessário fazer o teste do “pizão” (pisar forte no solo para
ver se não está oco), devido a umidade. Por motivo de segurança, Fafau e Faaeel
avisou para os demais para se apoiar nas raízes, caso o solo ceder-se. Nesse
ritmo, lento e cauteloso, Fafau, Faaeel, Graziela e o Índio Jânio “escalaminharam”,
caminharam, e se apoiaram nas raízes e rochas até chegar a um segundo córrego.
Bem mais alto que o primeiro e com um pequeno poço, todos pararam para se
refrescar e fazer um lanche.
Fafau
aproveitou o local para se refrescar, por conta dos mosquitos ter atacado,
deixando ele cheio de caroços. Os demais não ficaram de fora de serem atacados
pelas muriçocas, ficando com a pele “calombada”. Para piorar um marimbondo (uma
espécie de vespa) atacou o Índio Jânio, deixando um enorme “calombo”. O coitado
reclamou de muita dor, devido a ferroada que o inseto aplicou em sua testa. O
descanso não demorou por muito tempo, por conta de um novo ataque das
muriçocas, que viam de comboio para cima dos quatro. Sendo assim, o grupo pegou
as cargueiras e continuaram a “macetosa“ subida do córrego verde.
Após uma hora
de caminhada, aproximadamente, a partir da bifurcação entre o Rio XXI e o
Córrego Verde, Fafau,Faaeel, Graziela, e o Índio Jânio observaram uma luz mais a cima. No local acharam uma trilha batida, em “zig
zag”, que levaram até um imenso geral de vegetação seca. Passando por esse
trecho, os quatro observaram, em direção nordeste (NE), o belo Vale do Rio XXI,
local onde estavam algumas horas atrás.
Foto 28 – Vale do XXI (NE). Trilha do XXI: Palmeiras, Bahia,
2014.
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# - Cachoeira
da Fumaça (por cima).
Nos gerais,
Fafau, Faaeel, Graziela e o Índio Jânio fizeram uma pequena parada para comer o
restante do lanche que tinha nas mochilas. Um refresco em pó, com biscoitos,
pães e mortadela, foram devorado pelos homens. Graziela não comeu a mortadela
porque é vegetariana e ficou apenas nos biscoitos. Nesse período, Faaeel
aproveitou para fazer uma breve análise e percebeu algumas marcações em
lajedos. Achando ”um macete”, o mesmo voltou e se juntou ao grupo novamente. A
pausa foi por quase 30 minutos, aproximadamente. Por volta das 14:10, o grupo
iniciou a caminhada sobre os lajedos dos gerais da fumaça.
A caminhada,
que parecia tranquila, ficou tensa. A trilha estava fechada e cheia de
bifurcações. O grupo seguiu um dos caminhos encontrados nas bifurcações,
terminando em um amontoado de galhos secos. Faaeel ligou o GPS e consultou o
tracklog que o colega Eduardo tinha fornecido. Entretanto, por conta da Escala,
o sinal não dava uma precisão, com uma margem de erro que confundia o
trilheiro. Não restando alternativa, Faaeel orientou aos demais para voltar até
a bifurcação. Chegando ao local, todos deram uma analisada até Faaeel encontrar
uma marcação, bem escondida, indicando o caminho correto.
Na trilha,
Faaeel decidiu ligar o GPS e colocar a distancia mínima da altitude e
aumentando ao máximo a escala. Entretanto, o mesmo seguia as marcações feitas
por guias, ou trilheiros (como o grupo), onde facilitou muito o andamento do
percurso. Nesse ritmo, encontrando muitas bifurcações, Fafau, Faaeel, Graziela
e o Índio Jânio seguiram, em passos acelerados, em direção a Cachoeira da
Fumaça. Após 20 minutos, o grupo chegou a um ponto importante da trilha, que é
a bifurcação que leva a duas importantes vistas da Cachoeira da fumaça.
Caminhando pela trilha, a esquerda, o trilheiro vai em direção
ao mirante da fumaça, onde possibilita a vista frontal da cachoeira; direto o
trilheiro vai em direção a Cachoeira da fumaça (por cima), famosa trilha do
Vale do Capão.
Nesse local o grupo fez
mais uma parada a fim de descansar. Faaeel observou mais uma marcação onde
direciona o trilheiro para o mirante, além da fumaça por cima. No tracklog não
tinha o registro do mirante da fumaça, obrigando Faaeel a consultar um mapa que
ele sempre leva da região da Chapada Diamantina. Na consulta, o mesmo localizou
a direção das trilhas e assim concluiu em cada direção vão os dois trechos
observados. Nessa pausa o grupo resenhou para ver se tinha a possibilidade de
observar a fumaça de frente. Por conta do horário e o cansaço, Fafau, Faaeel,
Graziela e o Índio Jânio resolveram não atacar o mirante, seguindo em direção ao topo da Cachoeira. Mais
25 minutos de caminhada, os quatro observaram um casal caminhando
sobre uma trilha, essa observação confirma que a fumaça está próxima.
Acelerando os
passos, com a trilha mais aberta e menos confusa, o grupo chegou ao Rio Fumaça,
o mesmo rio que forma a Cachoeira da Fumaça. No local, fizeram mais uma pausa
para beber água. No leito do rio observaram a corda de isolamento que foi
colocado por membros do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio) para que os visitante que vão observar a Cachoeira da Fumaça não tenha
acesso a garganta da fumaça. Como o grupo vinha do Vale do XXI, ali é o único
caminho acessível. Após passar pela corda, os quatro encontraram a conhecida
trilha da Cachoeira da Fumaça (por cima).
Foto 29 – Índio Jânio. Trilha da Cachoeira da Fumaça (por cima):
Palmeiras, Bahia, 2014.
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Caminhando a
alguns metros, pela batida trilha da Fumaça (por cima), Fafau, Faaeel, Graziela
e o Índio Jânio chegaram no topo da maior Cachoeira do Estado da Bahia: A
Cachoeira da Fumaça. Com seus 380m de altura, que no momento tinha pouco volume
de água. A Cachoeira da Fumaça é a única do Brasil que possui o fenômeno das
gotículas de água fazer o movimento inverso da queda, como uma fumaça. É como
se “á água estivesse subindo”. No local não tinha nenhum visitante, algo raro visto pelo grupo.
As 15:16, o
grupo estava na famosa “prancha” (Uma rocha que possibilita a vista
privilegiada da Cachoeira da Fumaça e o seu poço que está a 380m abaixo).
Foto 30 – Fafau. “Prancha da fumaça” Cachoeira da Fumaça (por
cima): Palmeiras, Bahia, 2014.
Foto 31 – Cachoeira da Fumaça (por cima): Palmeiras, Bahia,
2014.
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Vários Pássaros pretos, além de pardais que apareceram para fazerem companhia ao grupo. As aves, mansas, não se importavam com a presença dos quatro trilheiros. Graziela aproveitou para fazer o registro das aves, enquanto Fafau e Faaeel ajudava o Índio Jânio a observar a Cachoeira da Fumaça (por cima), pelo fato do Índio ter medo de altura. Após o registro o grupo resolveu aproveitar o bastante o local, por conta de não ter mais ninguém (além deles) e de saberem o caminho de volta até o Vale do Capão. Nesse período Fafau, Faaeel, Graziela e o Índio Jânio, ficaram observando a queda e os grandes paredões em torno da Cachoeira da Fumaça, além de escutar o som provocado pelos fortes ventos e o canto das aves, agradando aos ouvidos dos trilheiros.
Foto 32 – Fafau, Graziela Cachoeira da Fumaça (por cima):
Palmeiras, Bahia, 2014. |
Foto 33 – Graziela, Índio Jânio, Fafau, Faaeel. Cachoeira da
Fumaça (por cima): Palmeiras, Bahia, 2014.
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As
16:48, o grupo recolheu as cargueira e seguiu, tranquilamente, em direção ao
Vale do Capão.
# - Vale do Capão.
# - Vale do Capão.
Caminhando pela trilha, bem batida e tranquila, Fafau, Faaeel,
Graziela e o Índio Jânio aproveitaram o momento para resenhar os fatos que
marcaram a trilha do XXI. O mais lembrado foi a comida que molhou na chuva da
madrugada, que aconteceu no primeiro dia da trilha, no acampamento base do
fundão. A queda de Graziela que ocorreu no leito do Rio XXI foi outro fato
conversado. Mas, um Vídeo que foi feito, onde infelizmente o arquivo foi
deletado, era o mais lembrado. Pelo fato do amigo Fafau na hora de descrever um
local da trilha, acabou trocando o nome da Serra do Grisante com a “Serra do
Grisalho”, causando uma gargalhada entre os demais.
A caminhada, na base de uma boa resenha, fez o tempo passar
rápido. Por volta das 18:01, o grupo estava no inicio da forte descida da
fumaça, que leva em direção a uma base do ICMBio. Na descida o grupo observou
uma serpente da espécie “falsa coral”, além do belo Morrão e da despedida do
sol entre as serras do vale.
Foto 34 – Cobra Coral (da falsa) Trilha da Fumaça por cima:
Palmeiras, Bahia, 2014.
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Foto 35 – Pôr do Sol. Trilha da Fumaça por cima: Palmeiras,
Bahia, 2014.
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As 18:16, o grupo estava na estrada de terra entre Palmeiras e
Vale do Capão. Como queriam seguir até a vila, os quatro seguiram, a esquerda,
e caminharam por mais 15 minutos. As 18:31, Fafau, Faaeel, Graziela e o Índio
Jânio estavam no hostel e restaurante de um amigo que conhecem no vale chamado
katatau.
No local, Faaeel e Fafau foram bater um papo com Katatau e
perguntaram se estavam servindo almoço. Para azar deles, Katatau estava com uma
forte gripe e não tinha preparado comida. O mesmo indicou um restaurante ao
lado. Entretanto a senhora também não tinha preparado almoço devido ao fraco
movimento que estava no Vale do Capão.
Sem sucesso, Faaeel e Fafau se despediram de Katatau e contaram
para Graziela e o Índio Jânio que não tinha almoço nos dois restaurantes. Sem
muita opção, o grupo decidiu ir até outro amigo da Vila: Seu Daí. Que possui um
camping e um restaurante.
Na resenha, o trio que estava no camping argumentou que Seu Dai
tinha saído, como os quatro não podia esperar, avisou que eram conhecidos de
Seu Daí e já frequentou o camping alguns anos, chegando até o objetivo que
necessitava de um banho. Sem questionamento, o trio liberou o grupo para
utilizar os banheiros do camping. Depois do banho, Fafau, Faaeel, Graziela e o Índio
Jânio esvaziaram as cargueiras, disponibilizando os alimentos que sobraram na
trilha para o camping. O trio que estava em Seu Daí ofereceu um doce de café, onde
Fafau, Faaeel, Graziela e o Índio Jânio acharam saborosos. O mesmo trio
agradeceu pelos alimentos, disse que veio em uma boa hora. Faaeel fez uma carta
para Seu Daí, argumentando que esteve no camping, e que infelizmente não o
encontrou. Essa carta ficou com um dos rapazes que estava na cozinha preparando
o doce de café.
Quem conhece o camping sabe que o local sempre fica cheio, mas,
nesse dia, feriado de finados, só tinha 05 barracas, contadas, um fato raro.
Após o banho e os ajustes nas cargueiras, Fafau, Faaeel, Graziela e o Índio
Jânio se despediram do trio que estava na cozinha de Seu Daí e seguiram até o
centro da vila a fim em achar algum lugar para se alimentar.
Sem muita opção, o grupo resolveu fazer um lanche, bem
reforçado, na lanchonete dregher. No local Fafau e o Índio Jânio pediu um
X-eggburguer com refrigerante, enquanto Faaeel e Graziela pediram dois pães com
queijo e um suco de açaí. Após abastecidos, o grupo ficou aguardando a Van que
leva em direção até o centro do município de Palmeiras / BA. As 20:30, a van
seguiu em direção até o centro da Cidade.
Na rodoviária, Fafau, Faaeel, Graziela e o Índio Jânio esperaram
o ônibus da empresa Rápido Federal, que chegou o 22:45, vindo do município de
Luis Eduardo Magalhães / BA e seguindo até Salvador / BA, destino do grupo.
É isso amigo (a) trilheiro, espero que o relato possa ter tirado
duvidas sobre o roteiro, estimulado a fazer essa trilha, ou até mesmo ter despertado
o interesse sobre a história dos quatro trilheiros que executaram essa trilha
(Fafau, Faaeel, Graziela e o Índio Jânio).
Qualquer duvida sugestão, elogios ou criticas, só é mandar para
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ospobresmochileiros @gmail.com
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