15 - [RT] - POÇO AZUL - Nova redenção, Bahia



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# - Planejamento

     Em um contanto de rotina, Eduardo efetuou uma ligação para Fael, convidando a se juntar um grupo que estava montando a fim em executar as trilhas no município de Itaete/BA, no feriado do dia 02 de julho, Independência da Bahia. A equipe estava composta por: Green, Fafau e Caique.


     Sem muito pensar, Fael aceitou o convite e ouviu as instruções de como seria o roteiro, orientados por Eduardo. A saída está prevista para o dia 02 julho, as 07:00 da manha. A condução será no automóvel de Eduardo, sendo que todos irão contribuir na Gasolina. Os atrativos previstos a serem visitados e explorados são: O Poço azul, localizado no município de Nova Redenção/BA, o Poço Encantado, localizado na margem direita, inicio da rodovia estadual BA/245, pertencente ao município de Itaetê/Ba, além das cachoeiras aos arredores dos assentamentos rurais que estão no município citado anteriormente. A hospedagem será no assentamento rural do baixão, precisamente na casa de Orlando Bernadino, um guia da região e amigo de Eduardo.  Com as informações esclarecidas, o grupo esperou chegar o dia para pegar a estrada em direção ao desconhecido e pouco falado município de Itaetê/BA. 


 - Salvador, 02 de julho de 2015 - Quinta Feira.


# - Salvador x Nova Redenção/BA.

     A viagem iniciou bem cedinho. Como combinado, Eduardo e Green saíram ao amanhecer e foram buscar Fafau e Fael em suas casas, sendo que iriam passar na rodoviária para buscar Caíque. Com todos a bordo, Eduardo seguiu pela BR-324, principal saída da cidade de Salvador/BA em direção as cidades interioranas, em torno das 07:10 da manhã.

Imagem 01 – Equipe. Da esquerda para direita:
 Green, Caique, Fael, Fafau, Eduardo. 
Trilha do Poço azul, Bahia, Brasil, 2015.

Próximo ao município de Amélia Rodrigues/BA, depois de percorrer uns 70km, Eduardo pediu para fazer uma pausa no Restaurante,  devido a ele e Green não terem tomado o café da manhã. O grupo passou 30 minutos, onde Fafau e Fael não consumiram, enquanto os demais se alimentavam e pensavam nas atrações dessa nova viagem.

     Satisfeitos, o grupo seguiu, fazendo mais uma pausa próximo a cidade de Feira de Santana/BA para encher o tanque. A partir daí Eduardo , que estava dirigindo, acelerou a fim em ganhar mais tempo.  Passando pela BR-116, onde pagou dois pedágios e a estrada estava ótima; e na BR-242, estrada péssima e cheia de buracos, o grupo conseguiu ganhar esse tempo. 

Porem, como diz aqui na Bahia: “ALEGRIA DE POBRE DURA POUCO”. No km 272 da BR-242, próximo ao município de Boa Vista do Tupim/BA, um grande engarrafamento se formou, devido a uma carreta, carregada de papel higiênico, tocar fogo. O motorista não teve nenhum ferimento, contudo nenhum carro poderia passar.  A maioria dos veículos eram carretas bi-trens que trafegam na rodovia, por ser a principal na escoação de grãos da região do Oeste baiano (destaque para a produção de Soja e algodão). Além disso, a BR-242 é a principal ligação entre a Bahia e o Centro-Oeste do Brasil, conhecida como Salvador/BA x Brasília/DF.

Imagem 02 – Engarrafamento na rodovia federal BR-242. 
Trilha do poço Azul. Boa vista do Tupim, Bahia, Brasil, 2015.

     A Policia Rodoviária Federal- PRF agiu rápido e ordenou para que ninguém passasse até o controle total do incêndio. Mas um rapaz, em um carro do modelo Veloster, da marca Hyundai, disse que precisava passar porque a mãe estava passando mal. O grupo alertou a ele que não poderia, mas mesmo assim ele insistiu. Mais a frente o policial chegou ordenando ele esperar.

Caique, Eduardo, Fael, Fafau e Green ficaram no carro aguardando, a espera foi de 3 horas. Por volta das 12:15, a pista foi liberada e o grupo seguiu em direção ao município de nova redenção/BA. 

Imagem 03 – Fafau, Caique, Green, Eduardo, Fael. 
BR-242, Boa vista do Tupim, Bahia, Brasil, 2015.

Chegando ao trevo da Ba-142, Eduardo seguiu pela bonita e conservada Estrada estadual. Após 20 km, o mesmo desviou para a estrada de terra, já no município de Nova Redenção, ali se inicia o percurso para o poço azul.

     A estrada é de terra e barro, onde alguns trechos requerem atenção, devido aos desníveis e buracos, além dos animais que aparecem na pista. No percurso foram observados alguns jumentos, urubus, corujas buraqueiras e pessoas.


# - Poço Azul.

Por volta das 14:00 o grupo chegou no local onde está o poço azul, dentro de uma área particular, com estrutura para banho, restaurantes e estacionamento. O atrativo fica bem distante da área urbana do município de Nova Redenção/BA, sendo que é um pouco confuso chegar no local, devido a pouca sinalização na estrada vicinal.

O acesso ao poço azul possui um limite de pessoas em um determinado período de tempo. A cada 15 minutos, 10 pessoas tem o direito de ir ao poço azul, sendo que pode permanecer, no máximo, até 20 minutos. Além disso, não pode agitar a água, evitando o nado com batidas nas mãos e os pés, sendo liberado apenas a flutuação, com o auxilio de coletes salva-vidas (uso obrigatório). Ressaltando que deve pagar uma taxa de R$ 20,00. Essas normas estabelecidas pela administração do poço é devido a uma espécie de peixe chamado “Bagre Albino”, animal que vive no poço. Por ser muito sensível a ruídos e barulhos, foi aconselhada a restrição de nados. A luz do sol permanece das 10:00 as 14:00, segundo os funcionários do poço.

Imagem 04 – Poço Azul. Nova Redenção, Bahia, Brasil. 
Foto: Jaque Barbosa

         Caíque, Eduardo, Fael, Fafau e Green chegaram por volta das 14:00, encontrando uma fila de inscrição e pagamento da taxa de acesso ao Poço Azul. Após o tramite, os funcionários disponibilizam coletes salva vidas e mascaras de mergulho aos visitantes. Em seguida, o grupo aguardou no período de uma hora e meia para ter acesso e mergulhar no Poço Azul.

Imagem 05 – Caique, Eduardo. Green, Fael, Fafau. Poço Azul.
 Nova Redenção, Bahia, Brasil, 2015

          As 15:25, os cinco seguiram em direção a gruta, com mais 5 pessoas para fechar o grupo de 10 pessoas. A trilha é curta e bem fácil, sendo que um condutor vai ressaltando tudo que foi dito na hora do pagamento. No poço azul existe uma escada de madeira e o visitante deve ir bem devagar e flutuar na água, sem fazer ondas.

      Fafau pareceu que não compreendeu o que o instrutor tinha falado e pulou, tomando uma reclamação por parte do grupo. Infelizmente, quando Caíque, Eduardo, Fael, Fafau e Green chegaram, a luz do sol já tinha dispersado e o poço estava com o tom escuro, impactando nas fotos e na sua visualização. A conseqüência foi registros feitos com o ambiente escuro, sem o famoso brilho azul e a transparência das águas do poço.

Imagem 06 – Caique, Fafau, Eduardo. Green, Fael. 
Poço Azul. Nova Redenção, Bahia, Brasil, 2015. 

    Com 15 minutos, cronometrado, um dos condutores falaram que o tempo tinha esgotado, o grupo conversou , fez uma resenha e conseguiu convencer ao funcionário esticar mais 5 minutos, totalizando 20 minutos de mergulho. As 15:50, o grupo de 10 pessoas saíram e foram até o restaurante almoçar.

     A comida é por peso, então quem come muito é bom ter cuidado, pois o preço pode sair caro. Caíque, Eduardo, Fael, Fafau e Green almoçaram e após seguiram rumo ao município de Itaetê/BA.


# - Travessia no Rio Paraguaçu.

      Ao sair do poço, Eduardo conversou com um rapaz, morador do município de Nova Redenção/Ba, para ver se teria um caminho curto que levasse em direção a BA-142 sul, o mesmo foi orientado que atravessando a balsa, no Rio Paraguaçu, o trajeto diminui mais de uma hora, gerando o interesse do grupo. O acesso a balsa é poucos quilômetros do poço, em direção leste. Com 05 minutos, na vicinal, o grupo observou o belo Rio Paraguaçu.

Imagem 07 – Margem do Rio Paraguaçu. 
Nova Redenção, Bahia, Brasil, 2015. 

Para atravessar a balsa deve-se pagar uma taxa, esse valor foi de R$ 15,00 (ano de 2015). O grupo fez uma espécie de “vaquinha” e pagou à taxa, o manobrista orientou em como colocar o carro e Eduardo fez essa manobra e estacionou na balsa artesanal. O interessante desse objeto é que ele se move através do curso do rio e dois cabos de aço que estão conectados a mais dois cabos esticados entre as margens, dando a possibilidade do condutor em ir pela direita ou esquerda, ou até mesmo parar. A travessia durou menos de 05 minutos até a outra margem. Após, o grupo seguiu em direção ao município de Itaetê/BA.

Imagem 08 – Travessia de balsa entre as Margens do Rio Paraguaçu. 
Nova Redenção, Bahia, Brasil, 2015. 

Imagem 09 – Percurso entre Itaberaba/BA e o Poço Azul (Nova Redenção/BA). Bahia, Brasil, 2015. 












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Inicio esse blog com uma adaptação de um prefácio do livro Homens e Caranguejos, escrito pelo autor Josué de Castro (1908-1973), na perspectiva em mostrar ao leitor o que os relatos podem contribuir (ou não) em seu planejamento, em sua viagem, ou até mesmo na construção de um capitulo da sua vida.

" Nas terras [...] do Nordeste brasileiro, onde nasci, é hábito servir-se um pedacinho de carne seca com um prato bem cheio de farofa. O suficiente de carne - quase um nada- para dar gosto e cheiro a toda uma montanha de farofa feita de farinha de mandioca, escaldada com sal. Foi talvez, por força, deste velho hábito da região do Nordeste Brasileiro, que resolvi servir ao leitor deste blog, muita farofa com pouca carne. Sentido que a história que vou contar (através dos relatos), uma história magra e seca, com pouca "carne de emoção". Resolvi desenvolver os textos bem explicativo que engordasse um pouco desse blog e pudesse, talvez, enganar a fome do leitor - a sua insaciável fome de aventura e emoção - em busca de objetivos e ações na constituição de um "novo", uma mudança em suas práticas cotidianas, na concepção em viver os momentos e aproveitar o sentido da vida" (CASTRO, 1967).

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