05 - GARAPUÁ - ILHA DE TINHARÉ - CAIRU BA. ( PARTE 02)

# - Morro de São Paulo.

Na pousada, Faaeel e Graziela conversaram sobre o festival de primavera que está acontecendo em Morro de São Paulo, envolvendo atrações locais e outras famosas. Graziela queria ir até a festa para assistir algumas bandas e ver o cantor Saulo. Com o acerto de ir para Morro de São Paulo, local que está localizado ao norte de Garapuá, Faaeel e Graziela foram atrás da informação para chegar até o festival, saído de Garapuá. Na própria pousada eles foram informados pela dona de que haveria um trator no terminal da lagoa e que ia sair as 22:00. Sendo assim, os dois seguiram até a lagoa para reservar duas vagas e negociar o valor.

No terminal, Faaeel e Graziela foram informados que o valor é de R$ 20,00 (por pessoa) para levar de Garapuá até Morro de São Paulo no trator. Entretanto, um morador local chegou e disse para o rapaz do trator que não ia cobrar o valor de R$ 20,00 (por pessoa), e sim de R$ 10,00, valor cobrado pelo transporte aos moradores locais. O rapaz foi até os dois e se apresentou com o nome Alex, argumentando que é um absurdo “extorquir” as pessoas que não são moradores locais, defendendo o seu argumento de que todos os indivíduos devem ser tratados da “mesma forma”. Faaeel e Graziela ficaram felizes pela atitude do rapaz, que conseguiu convencer o condutor do trator a cobrar o mesmo valor para todos que estiverem seguindo para Morro de São Paulo. Após o acerto, o trio conversou bastante com Alex e seus amigos sobre o que fazem e outros assuntos rotineiros a fim de se integrar e construir uma amizade.

As 22:10 o trator seguiu por uma estrada de areia até o ponto de espera da segunda praia de Morro de São Paulo. O trecho durou 40 minutos, com 12 km percorridos (segundo Alex). No caminho foram observados grandes hotéis de luxos, casarões fechados e algumas vilas segregadas, bem isoladas da estrutura turística de Morro São Paulo. No terminal, Faaeel e Graziela foram informados por Alex que o trator voltaria para Garapuá as 03:00 da manhã e que era para esperar nesse mesmo ponto de desembarque. Em seguida, os dois desceram uma ladeira, ao lado esquerdo do terminal e chegaram até a segunda praia que estava logo a frente. No local já possuía uma grande concentração de pessoas a espera das bandas.

Caminhando entre a multidão, Faaeel e Graziela encontraram um pequeno espaço próximo a praia, onde montaram a sua “base”. Porém, não ficaram por muito tempo devido a uma chuva forte que começou a cair na praia. A confusão foi grande entre as pessoas concentradas no local que estavam a procura de um bom lugar para se proteger, próximo ao palco. Faaeel e Graziela seguiram até a rua de acesso ao terminal do trator onde conseguiram uma tenda de um pequeno bar para se proteger da chuva.

Foto 18 – Graziela. 2° Praia. Morro de São Paulo: Cairu, Bahia, 2014.
Após a chuva, Faaeel e Graziela voltaram para a praia, onde se acomodaram no mesmo local que estavam anteriormente. Uma banda (esqueci o nome) iniciou o show, tocando um reggae com letras que retratam a realidade vivida em alguns locais. Após 50 minutos de show ocorreu a segunda e principal atração do festival, o cantor Saulo. Graziela curtiu o show, enquanto Faaeel ficou apenas observando.

Foto 19 – Festival de Primavera. Segunda Praia. Morro de São Paulo: Cairu, Bahia, 2014.

Após o show de Saulo, que durou quase uma hora e meia, Faaeel e Graziela seguiram até o terminal do trator, a espera do embarque. As 02:25 da manhã, aparece Alex e alguns amigos, que se juntou aos dois e iniciaram uma boa resenha. Próximo aos dois estava o prefeito da cidade de Cairu, junto com familiares e amigos políticos. Alex fez uma forte crítica à gestão do Prefeito. As 03:00 da manhã, como combinado, o trator chega e embarca com as mesmas pessoas que saíram de Garapuá. A volta custou R$10,00. O mesmo valor da ida. As 03:50 o trator chegou ao terminal da Lagoa. Despedindo de Alex e seus amigos, Faaeel e Graziela seguiram até a pousada para aproveitar as horas de sono.


- Cairu, 16 de novembro de 2014. Domingo.


# - Praia Pratigi de Tinharé
As 07:00 da manhã, Faaeel e Graziela acordaram e foram preparar o café. Hoje era o dia de seguir até a trilha que está na “ponta sul” da praia de Garapuá para saber a qual paisagem o caminho possibilita. Entretanto, quando estavam arrumando a mochila iniciou uma forte chuva, que parecia não terminar. Desanimados, Faaeel e Graziela resolveram descansar até a chuva passar. As 11:00, os dois acordaram, quando foi observar o tempo, perceberam que a chuva estava forte e não tinham condições de caminhar com esse tempo. No inicio da tarde, por volta das 13:15, a chuva parou, mas o céu continuava nublado, com grande possibilidade de chuva. No dialogo, Faaeel e Graziela resolveram seguir em direção a trilha, preparado para encarar a chuva, caso ocorra. Os dois seguiram até a Praia de Garapuá caminhando  até a “ponta sul”. Com a maré baixa, a trilha se torna “bem batida”, facilitando o caminho. 

A trilha é feita entre uma propriedade particular (na margem direita) e o mangue (na margem esquerda), sobre um trecho bem batido. Diversas árvores caracterizam lugar, além das belas aves que observaram Faaeel e Graziela.

Foto 20 – Graziela. Garapuá: Cairu, Bahia, 2014.
Dois Gaviões foram observados, entretanto não foram fotografados por serem muito rápidos. O percurso durou 15 minutos, com menos de 1km de caminhada. As 14:00, Faaeel e Graziela finalizaram a trilha, visualizando uma imensa praia deserta. O nome do local se chama Pratigi.

Foto 21 – Praia de Pratigi. Ilha de Tinharé: Cairu, Bahia, 2014.

Com 10 km de extensão, Pratigi de Tinharé é a maior praia da Ilha de Tinharé. Sua extensão é de 10 km, aproximadamente, e está localizada ao sudeste da ilha. O local é deserto, com algumas casas abandonadas e uma imensa “faixa” vegetal caracterizada por coqueiros. Os lixos, que são descartados no mar, próximo à ilha, têm como seu destino a costa da praia de Pratigi de Tinharé, se amontoando nas areias. Faaeel e Graziela encontraram vários objetos na costa da areia como: Porta de Geladeira, embalagens plasticas, pasta de dente, escova de cabelo, garrafas, etc. Esse é o fato negativo que prejudica o local e “destrói” a paisagem.

As 14:48, após 2 km de caminhada, Faaeel e Graziela foram obrigados a fazerem uma pausa devido a uma pancada de chuva. A base foi uma das casas abandonadas que serviram de abrigo. No local, os dois aproveitaram o tempo para fazer o almoço, cozinhando em duas panelas, duas espiriteiras e uma pequena fogueira. Por volta das 15:15, Faaeel e Graziela seguiram a caminhada em direção a pontal da Praia de Pratigi.

Foto 22 – Casa abandonada. Praia de Pratigi. Ilha de Tinharé: Cairu, Bahia, 2014.

Foto 23 – Graziela. Casa abandonada. Praia de Pratigi. Ilha de Tinharé: Cairu, Bahia, 2014.

A caminhada seguiu por mais uma hora, até as 16:15. Nesse horário, Faaeel e Graziela estavam “na metade” do percurso, próximo a 5 km. O tempo estava nublado e com pouca luz, fazendo com que os dois finalizassem o passeio naquele ponto.

Faaeel e Graziela aproveitaram alguns minutos para se divertir através das fotografias. Fotos em perspectivas foram tiradas, além das tentativas de fotos “de efeito” que não deram certo. Entretanto as montagens de algumas fotos se tornaram engraçadas, com a perspectiva final em formar uma única imagem (foto 25).

Foto 24 – Faaeel. Praia de Pratigi. Ilha de Tinharé: Cairu, Bahia, 2014.

Foto 25 – Faaeel. Praia de Pratigi. Ilha de Tinharé: Cairu, Bahia, 2014.

As 16:30, Faaeel e Graziela fizeram o caminho de volta até a Praia de Garapuá, chegando na “ponta sul” as 17:15. No local os dois repousaram na praia e esperaram o final da tarde, bastante nublado. As 18:01, caminharam por mais 3 km até a pousada em que estavam instalados.

Foto 26 – Faaeel, Graziela. Praia de Garapuá.. Ilha de Tinharé: Cairu, Bahia, 2014.

A noite, Faaeel e Graziela ficaram na pousada resenhando com a Dona e alguns hospedes. Na reunião os dois comentaram sobre as viagens que fazem com outros amigos e as rotas interessantes para conhecer. Uma senhora que estava no grupo ficou bastante interessada nos roteiros, pedindo o contato deles para dicas e métodos para o planejamento e execução das rotas. As 21:00 iniciou uma forte chuva, fazendo com que o grupo se dispersasse, recolhendo-se cada um até os seus quartos. Mesmo com o dia chuvoso, Faaeel e Graziela aproveitaram o pouco tempo de estiagem que ocorreu no período da tarde para observar as paisagens aos arredores da Praia de Garapuá.


- Cairu, 17 de novembro de 2014. Segunda-feira.


# -Valença - BA.
As 06:30, Faaeel e Graziela foram providenciar as passagens de trator que leva em direção ao “atracadouro” de Garapuá. Na saída da pousada uma garota estava com um tabloide de vendas das passagens para Valença – BA. O valor foi de R$ 30,00 (por pessoa), incluindo a lancha rápida que leva até o porto. Com as passagens em mão, Faaeel e Graziela arrumaram as mochilas, se despediram da dona da pousada e alguns hospedes, seguindo até o trator, onde percorreram por 30 minutos até o atracadouro.

No local, a espera foi pouca, pelo fato da lancha rápida já está atracada a espera dos passageiros. Embarcados, Faaeel e Graziela percorreram por mais uma hora até o porto do município de Valença – BA. Chegando na cidade, os dois pensaram ir até a rodoviária. Porém, a distância do Porto até a rodoviária é quase 3 km, deixando-os desanimado devido o cansaço da viagem de trator e barco até a cidade. Na perspectiva em chegar rápido até Bom Despacho (terminal do município de Itaparica – BA), Faaeel e Graziela embarcaram em um transporte alternativo, feito por vans, chegando em Bom Despacho no final do dia. O percurso do município de Valença – BA até Bom Despacho (Ilha de Itaparica – BA) foi feito em 2 horas.

É isso, amigo (a) trilheiro (a). Espero que o relato sobre esse local da Ilha de Tinharé possa ter demonstrado interesse na visitação e observação das paisagens. O acesso é um pouco “complicado”. Entretanto, vale a pena. Pelo fato de Garapuá ser uma praia tranquila, onde poucos visitantes se hospedam. A maioria vai de lanchas vindas de Morro de São Paulo, ou Boipeba, de rápida passagem. Quem gosta de tranquilidade e sossego, é um ótimo lugar para aproveitar essas oportunidades.

Perguntas, elogios, criticas? Só é mandar para o e-mail abaixo:


ospobresmochileiros@gmail.com



























Um comentário:

  1. Muito bom, é isso mesmo que acontece, não mudou nada o percusso da história me senti no enredo. Parabéns!

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Olá ! Comentário com duvidas mande através do e-mail: ospobresmochileiros@gmail.com
Peço esse favor pelo fato da pagina não está me notificando quando um leitor escreve no comentário dos relatos.

No e-mail a resposta é rápida .

Gratidão.

SEJA BEM VINDO

Inicio esse blog com uma adaptação de um prefácio do livro Homens e Caranguejos, escrito pelo autor Josué de Castro (1908-1973), na perspectiva em mostrar ao leitor o que os relatos podem contribuir (ou não) em seu planejamento, em sua viagem, ou até mesmo na construção de um capitulo da sua vida.

" Nas terras [...] do Nordeste brasileiro, onde nasci, é hábito servir-se um pedacinho de carne seca com um prato bem cheio de farofa. O suficiente de carne - quase um nada- para dar gosto e cheiro a toda uma montanha de farofa feita de farinha de mandioca, escaldada com sal. Foi talvez, por força, deste velho hábito da região do Nordeste Brasileiro, que resolvi servir ao leitor deste blog, muita farofa com pouca carne. Sentido que a história que vou contar (através dos relatos), uma história magra e seca, com pouca "carne de emoção". Resolvi desenvolver os textos bem explicativo que engordasse um pouco desse blog e pudesse, talvez, enganar a fome do leitor - a sua insaciável fome de aventura e emoção - em busca de objetivos e ações na constituição de um "novo", uma mudança em suas práticas cotidianas, na concepção em viver os momentos e aproveitar o sentido da vida" (CASTRO, 1967).

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