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# - Planejamento da rota.
Era manhã de sábado, por volta das
09:00. Fael e Graziela estavam dialogando sobre possíveis viagens no decorrer
dos feriados do ano de 2016. Para isso os dois agendaram destinos para cada
feriado.
Fazendo uma pesquisa no site
melhores destinos, Graziela percebeu que havia uma promoção de passagens
aéreas, entre as cidades de Salvador/BA e o Rio de Janeiro/RJ, nas datas
coincidentes com o feriado da páscoa. Sem pensar muito, os dois fizeram a
compra e se articularam a se encontrar e reunir com o intuito em planejar uma
trilha e executá-la. No dialogo foi decidido a travessia da Serra dos Órgãos.
Na reunião, Fael e Graziela
acessaram o site do Parque Nacional Serra dos Órgãos - PARNASO, onde o
visitante deve se cadastrar e fazer a compra do ingresso para ter acesso ao
parque.
Sabendo que o parque tem um número
limite de visitantes, Fael e Graziela resolveram comprar os ingressos, de forma
antecipada, para ter acesso a trilha. Contudo, na hora da realização da compra
do circuito tradicional, com inicio na cidade de Petrópolis/RJ e finalizando na
Cidade de Teresópolis/RJ, o site avisava que em um dos abrigos não tinha mais
vagas, impossibilitando a realização da compra. Como as passagens estavam
pagas, e não poderia cancelar, Fael e Graziela buscaram alternativas para ter
acesso ao parque. Para isso foi pesquisado outras rotas dentro do Parque Nacional
Serra dos Órgãos - PARNASO. A rota que mais agradou foi a “trilha inversa”, que
tem o seu inicio em Teresópolis/RJ e o final em Petrópolis/RJ.
Entrando em acordo, Graziela fez a
compra e imprimiu o comprovante, que está disponível no próprio site. Existe
uma nota de rodapé recomendando a apresentação do documento que comprove o
pagamento ao guarda do parque (quem comprou pela internet), onde tem a
responsabilidade de liberar o acesso ao visitante.
Outro documento que o trilheiro
deve ter acesso e levar-lo para ser entregue a portaria, é o Termo de
Reconhecimento de Risco e Normas, onde o indivíduo se responsabiliza na condução
do grupo e dele mesmo, arcando com a responsabilidade de qualquer eventualidade
feita por ele e pelo grupo.
Após a garantia dos ingressos de
acesso a trilha da Serra dos Órgãos, Fael e Graziela foram à busca de um local
para serem acolhidos ao final da trilha, pois os dois já imaginaram estarem
sujos e necessitarem de um uma “base” para organizar os equipamentos, tomar
banho, entre outros. Recorrendo ao site do couchsurfing (www.couchsurfing.com), Fael enviou alguns pedidos solicitando uma
hospedagem por algumas horas. Com poucos minutos de espera, um dos convites foi
aceito por uma garota, de nome Maristela, que reside no município de
Petrópolis/RJ, dizendo que ia acolher-los em sua casa. Sendo assim, Fael pegou
o seu endereço e o telefone.
Os detalhes de valores pagos por
Fael e Graziela, dês as passagens aéreas, transporte coletivo, ônibus intermunicipal
e taxas de acesso ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos - PARNASO estará nas imagens
abaixo (NA IMAGEM 01. Onde se lê “Bigen”, leia-se “Bingen”).
Imagem 01 - Tabela com os valores gastos referentes as passagens individuais.
Elaboração: Fael
Fepi.
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Imagem 02 -
Tabela com os valores gastos referente as taxas (obrigatórias) de acesso ao
Parque Nacional Serra dos Órgãos - PARNASO. Fonte: PARNASO.TUR.
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Salvador, 23 de março de 2016. Quarta-feira.
# - Salvador/BA (SSA) x Rio de Janeiro/RJ (GIG).
Dia da viagem, Fael ligou para Graziela
avisando que o local de encontro dos dois será no salão de embarque do
Aeroporto Internacional 2 de Julho. O destino dos trilheiros é o Aeroporto
Internacional Tom Jobim (Galeão), localizado no município do Rio de Janeiro/RJ.
O embarque está previsto as 20:30, no vôo JJ3197 da empresa TAM, linha SSA x GIG,
com previsão de duas horas. Esperando no salão de embarque, Fael encontrou com
Graziela, as 18:30 e aproveitaram o restante do tempo para fazer os últimos
ajustes nos equipamentos e a logística quando chegar até a cidade do Rio de
Janeiro/RJ.
As 20:30, no horário previsto,
Fael e Graziela embarcaram no avião da TAM, em um vôo direto, com previsão em
chegar as 22:30 no Galeão.
No Estado do Rio de Janeiro,
próximo ao Aeroporto, o avião que Fael e Graziela estavam pegou uma forte
turbulência, devido ao temporal. Inclusive, a chuva foi tão forte que virou
manchete nacional. Fael passou mal, tendo náuseas e chegando a vomitar, devido as
quedas de altitude que o avião tinha por conta do mal tempo. Os passageiros
foram comunicados que não seria realizado o pouso no horário, devido a forte
chuva. A tripulação estava cogitando em realizar o pouso no Estado de Minas
Gerais, precisamente o Aeroporto Tancredo Neves (CNF), localizado na cidade de Confins/MG,
mas não foi necessário. Após 30 minutos sobrevoando as cidades de Petrópolis/RJ
e do Rio de Janeiro/RJ, o avião pousou debaixo de uma forte chuva, para a
alegria dos passageiros.
Imagem 03 - Fael, Graziela. Vôo JJ3197 da TAM. Linha: SSA/BA x
GIG/RJ.
Aeroporto Internacional 02 de Julho, Salvador, Bahia, 2016.
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As 23:15, Fael e Graziela conseguiram pegar as mochilas no salão
de desembarque e seguiram até o ponto de ônibus executivo do Galeão (conhecido
como frescão), a espera do ônibus da linha 2018 da empresa autobus, que faz a
linha: Aeroporto Internacional x Alvorada, com o valor da passagem de R$ 14,00.
A perspectiva dos dois era chegar antes da meia noite no terminal rodoviário
Novo Rio, para comprar a passagem até o município de Teresópolis/RJ, que está disponível
até as 00:00, seu ultimo horário.
A espera pelo
frescão foi grande, Fael e Graziela só conseguiram embarcar as 23:55, sem esperanças em conseguir embarcar no intermunicipal até a cidade de
Teresópolis/RJ. As 00:25, os dois desembarcam na Rodoviária, encontrando o
guinche da empresa Viação Teresópolis (única empresa que eles observaram que
faz a linha) fechada.
Sendo assim,
Fael e Graziela caminharam na grande rodoviária do Novo Rio até encontrar um
local, seguro, para que possam se acomodar e descansar, esperando o dia
amanhecer e seguir viagem até o município de Teresópolis/RJ.
Imagem 04 -
Fael. Rodoviária Novo Rio. Rio de
Janeiro, RJ, 2016.
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-
Rio de Janeiro, 24 de março de 2016. Quinta-feira.
# - Teresópolis/RJ.
À noite na Rodoviária Novo Rio foi tranqüila, poucas
pessoas descansando, a maioria nos bancos, enquanto Fael e Graziela estavam
deitados em um isolante térmico e usando o saco de dormir para se proteger do
forte ar-condicionado do terminal.
As
03:30 da manhã, o guinche da empresa Costa verde abre, atraindo a maioria das
pessoas que estavam cochilando nos assentos de espera. Essa empresa faz linha
para os municípios de Paraty/RJ e Angra dos Reis/Rj, destinos bem conhecidos
mundialmente, gerando a grande procura por passagens. A organização ocasionou barulho, despertando Fael e Graziela
que não conseguiram dormir. Sem muitas alternativas, os dois ficaram sentados
esperando o horário das 05:20 para comprar a passagem até a cidade de
Teresópolis/RJ.
As 05:25, da manhã, o guinche da
empresa Viação Teresópolis/RJ abre, onde Fael estava na fila para comprar as
passagens. O mesmo adquiriu duas passagens da linha: Rio de Janeiro/RJ x
Teresópolis/RJ (direito), embarcando no primeiro horário das 06:00 da manhã.
Imagem 05 -
Guinchê da Viação Teresópolis.
Rodoviária Novo Rio. Rio de Janeiro, RJ, 2016.
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A viagem foi no ônibus, modelo G7,
da Viação Teresópolis, e durou uma hora e meia, no belo e revitalizado trecho
da BR 116, região serrana do Estado do Rio de Janeiro. As belíssimas paisagens atraem os passageiros a observarem as serras que
margeiam a rodovia federal, tirando até o sono de quem viaja. Contudo, Fael e Graziela
estavam muito cansados e acabaram dormindo até a cidade de Teresópolis/RJ. No
trevo da cidade, Fael e Graziela pediram ao motorista e desembarcaram na
portaria do Parque Nacional da Serra dos Órgãos - PARNASO, que está na Av.
Rotariana, na entrada da cidade. Agradecendo ao motorista, os dois seguiram em
direção a sede da PARNASO Teresópolis/RJ.
Imagem 06 - Portaria do Parque Nacional da Serra dos Órgãos -
PARNASO.
Sede Teresópolis. Cidade de Teresópolis, Rio de Janeiro, 2016.
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# - P.N. Serra dos Órgãos. Sede Teresópolis/RJ.
Na portaria do Parque Nacional Serra dos Órgãos -
PARNASO, Fael e Graziela apresentaram o termo de conduta / responsabilidade e o
comprovante de pagamento ao vigilante. Após, os dois tiveram o acesso liberado.
O
inicio é pavimentado de cimento moldurado, com passagem de veículos pelos três
quilômetros iniciais da trilha. A maioria desses veículos que Fael e Graziela
observaram era de funcionários que trabalhavam no parque. Mas o visitante que tiver veículo
pode seguir até o estacionamento da barragem, localizado a 3 km após da
portaria.
Caminhando
por alguns metros, Fael e Graziela se acomodaram em um ponto de apoio ao
visitante, onde oferece uma estrutura básica ao trilheiro que chega de viagem e
precisa de alguns ajustes antes de seguir na caminhada.
Aproveitando
o apoio, Fael e Graziela trocaram a roupa da viagem pela roupa de trilha, dividiram
o peso dos equipamentos, roupas, alimentos, prepararam as maquinas digital,
encheram as garrafas de águas e iniciaram a caminhada em direção ao abrigo 4 da
Serra dos Órgãos.
Imagem 07 -
Graziela. Serra dos Órgãos. Teresópolis, Rio de Janeiro, 2016.
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Próximo a bifurcação, Fael e Graziela foram “abordados” por um grupo de Quatis (Nasua-Nasua), que bastante curiosos se aproximaram dos trilheiros e começaram a cheirar. A curiosidade foi tanta que Fael deixou a mochila cargueira no chão e imediatamente um dos quatis foi até a sua mochila e tentou abrir com a pata, atraído pelo cheiro das variedades de comida que estava na cargueira. Aproveitando esse momento, Fael fez uns registros fotográficos do grupo e seguiu a trilha.
Imagem 08 -
Quati de cauda anulada (nasua-nasua).
Serra dos Órgãos. Teresópolis, Rio de
Janeiro, 2016.
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# - Mirante do Cartão Postal.
No
km 02, aproximadamente, Fael e Graziela começaram a observar pequenas trilhas
alternativas, ideais para quem está iniciando a prática de trekking (para serem
futuros trilheiros), além de quem queira se distrair em um passeio alternativo.
Contudo, o que chamara atenção dos dois, que estava previsto no roteiro, foi
uma placa sinalizando uma trilha chamada mirante do Cartão Postal.
Segundo
a informação da placa instalada no inicio da trilha, o mirante possibilita a
melhor vista para a formação rochosa batizada de “Dedo de Deus”, além de
visualizar os demais cumes da serra (inclusive o dedo de Deus). Previsto na
caminhada, Fael e Graziela seguiram, a esquerda da bifurcação, conforme a
orientação da placa, em direção ao mirante.
Imagem 09 -
Placa sinalizando o inicio da trilha do
Cartão Postal.
Serra dos Órgãos. Teresópolis, Rio de Janeiro, 2016. |
A trilha do mirante do Dedo de
Deus é toda “batida”, ou seja, caminho definido e sinalizado, onde há trechos que passaram por
manutenção a fim em facilitar a caminhada. Um exemplo dos reparos na trilha é a
inclusão de madeiras nos trechos íngremes e com desníveis, possibilitando a
criação de degraus com o intuito em da mais “segurança” a caminhada do
visitante.
Além disso, as madeiras evita o
deslize do solo e da vegetação quando o visitante caminha nos trechos íngremes.
Por exemplo, em épocas de chuva o solo fica encharcado, aumentado a
probabilidade de um deslize após uma pisada do trilheiro.
Nos primeiros 300 metros são de
subidas, em antigos trechos íngremes que hoje são “degraus”, além de um pequeno
trecho plano, de solo encharcado, margeada da mata atlântica densa, que
impossibilita a intensidade da luz solar. Após, surge mais trechos de subidas.
Imagem 10 - Graziela. Trilha do Cartão Postal. Serra dos Órgãos.
Teresópolis, Rio de Janeiro, 2016.
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Depois dos 300 metros a trilha
continua com as mesmas características citadas acima, contudo com menos luz
natural, devido a altas espécies da flora que margear o percurso. No momento em
que Fael e Graziela estavam caminhando, em torno das 09:00 da manhã, a trilha
estava com muita neblina, aumentando a atenção dos mesmos.
Após 800m, próximo ao fim da
trilha, existe uma pequena construção, em forma de ponte, colocada acima de um
córrego, com o intuito de auxiliar o trilheiro na caminhada. Entretanto, as
madeiras estavam quebradas e a construção com sinal de abandono. Os
administradores colocaram um papel plastificado com o aviso “ponte quebrada,
passar ao lado”, sendo que o caminho do lado estava com muita lama e
escorregadio. Para Fael e Graziela o trecho é tranqüilo, mas para uma família
que não é acostumada a caminhada e leva seu filho para a trilha, pagando para
ter acesso a essas trilhas? As 09:20, Fael e Graziela chegaram no mirante do
cartão postal, após 55 minutos de caminhada.
O Mirante do cartão postal é um
local seguro, com uma proteção de madeira feita próxima a uma escarpa, isolando.
Existe uma placa com a identificação dos cumes e a altitude de cada um, além de
umas rochas que serve de “banco”. O ponto negativo é que o local está todo
pinchado (inclusive a placa de identificação), devido a ignorância de alguns
visitante que não respeita e se quer tem a consciência em preservar o local.
Imagem 11 - Graziela.
Mirante do Cartão Postal. Serra dos Órgãos.
Teresópolis, Rio de Janeiro,
2016.
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Para a surpresa de Fael e Graziela, o mirante não tinha nenhum visitante, além de está com muita neblina, cobrindo a vista dos picos. Obviamente os dois ficaram decepcionados, estavam ansiosos para observar a cadeia de morros e visualizar o principal deles: o Dedo de Deus. Entretanto, Fael e Graziela decidiram esperar mais um pouco, com a esperança da neblina dispersar e o tempo abrir.
Após 25 de espera, por volta das
09:45 da manhã, uma parte da neblina dispersa e a cadeia de morros começa a ser
visualizada por Fael e Graziela. Apesar de não está nitidamente, dava para
observar a beleza paisagística dos paredões rochosos. Mas a visão só durou
alguns minutos, pois a neblina voltou a cobrir as rochas deixando o tempo
fechado e sem visibilidade das formas da paisagem em redor do mirante Cartão
Postal.
Imagem 12 - Monumentos Geológico vistos do Mirante Cartão Postal.
Serra dos Órgãos. Teresópolis, Rio de Janeiro, 2016.
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As 10:05, Fael e Graziela
iniciaram o caminho da volta, trilhando no caminho inverso. Como na ida era
mais subida, a volta foi mais descida. Próximo a 600m de caminhada, Graziela
escorrega e cai, colocando a mão como apoio. Porém, essa ação resultou em uma
patologia de risco, o seu dedo médio, da mão direita, ficou torto, com suspeita
de fratura (posteriormente foi confirmado em um exame de raios-X realizado no
município de Feira de Santana/BA), informando que estava sentindo muita dor.
Fael fez um paliativo para que amenizar-se a dor e que a mesma pudesse
continuar a trilha. Seu dedo foi imobilizado, de forma reta. Para isso foi
utilizado um pedaço de galho e esparadrapo.
Por volta das 10:40, Fael e
Graziela chegaram na bifurcação e seguiram na estrada principal até a porteira
de acesso a trilha do abrigo 4 / Pedra do Sino.
Imagem 13 - Graziela. Serra dos Órgãos.
Teresópolis, Rio de
Janeiro, 2016.
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# - Barragem.
Na
estrada da barragem, Fael e Graziela caminharam, por mais 1 km, até o
estacionamento. No caminho foi observado um hotel, que serve de apoio aos
visitantes que buscam conforto e mais comodidade (pós- viagem), além das casas
de estudo onde os pesquisadores produzem pesquisas e monitoramento na região do parque.
Alguns
córregos passam por baixo da estrada da barragem, pavimentada de
paralelepípedos. As águas são limpas e geladas, com gosto de “água mineral”, Fael
e Graziela fizeram uma parada no local para saborear a deliciosa água da Serra
dos Órgãos. A barragem é importante, pelo fato de ser o local de capacitação de
água para todo o município de Teresópolis/RJ. Por tanto, o parque sempre
monitora o local. As 11:18 da manhã, Fael e Graziela chegaram na barragem.
Imagem 14 - Córrego na Estrada da Barragem.
Serra dos Órgãos. Teresópolis, Rio de Janeiro, 2016.
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Imagem 15 - Estacionamento da Barragem. Serra dos Órgãos.
Teresópolis, Rio de Janeiro, 2016.
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# - Cachoeira do Véu da Noiva (Teresópolis/RJ).
Ao lado
esquerdo do estacionamento da barragem, Fael e Graziela observaram mais um
placa de sinalização, indicando a direção da Trilha do Sino e a trilha
alternativa. Como o destino é o abrigo 4, eles seguiram até o inicio da trilha
da Pedra do Sino .
A referência da
trilha é uma porteira e uma placa do Parque Nacional da Serra dos Órgãos -
PARNASO, com detalhes do percurso a ser realizado, através de um mapa. O
trilheiro pode abrir a porteira e seguir sem avisar, como fizeram Fael e
Graziela.
O caminho inicial é bem batido,
definido e tranqüilo em se fazer. Possui umas pequenas subidas íngremes, mais
nada que assuste. Contudo, Fael e Graziela estavam muito cansados, devido a
longa viagem que fizeram. Para eles as pequenas subidas pareciam longas e
intermináveis.
Imagem 16 - Inicio da trilha ao abrigo 4. Serra dos Órgãos.
Teresópolis, Rio de Janeiro, 2016.
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A subida prosseguia, em forma de zig, zag. Segundo alguns relatos que Fael leu, a trilha é dessa forma até o abrigo 4. O PARNASO diz que a distância, entre a portaria até o cume da Pedra do Sino, é de 11 km. Nos primeiros quilômetros não existem “atrativos paisagísticos de características serranas” que atraem o indivíduo, pois as margens das trilhas estão compostas por matas arbóreas que sombreiam e “cobre” as cadeias de serras do PARNASO.
Contudo,
existem algumas plantas e animais que atrai o trilheiro. O que atraiu Fael e
Graziela foi um beija-flor cinza, manso, que não se incomodava e nem se
assustava com a presença deles. Os mesmos tentaram registrar uma foto nítida da
ave, mas o animal estava acomodado em uma grande árvore, alta, onde a maquina não
conseguia focalizar-lo. Sendo assim, Fael e Graziela caminharam, com algumas
paradas, até um dos atrativos que compõe esse trecho de 9 km, aproximadamente,
até o abrigo 4, atrativo denominado como Cachoeira Véu de Noiva de Teresópolis.
Aproximadamente com 15m de altura, a Cachoeira
Véu de Noiva de Teresópolis possui um pequeno poço de águas transparentes e de
tons amarelados. O banho é gelado, espantando a sensação de calor. Além disso,
as suas águas servem como um “relaxante” muscular, devido a temperatura baixa.
Fael classificou o banho da Cachoeira como “espanta cansaço”.
No local possui
um pequeno corrimão, que serve de apoio ao trilheiro caminhar sobre o córrego
que as águas do véu de noiva forma no trecho da trilha (nada que assuste). A
parada no atrativo é obrigatória, pela simplicidade e beleza dessa bela
paisagem natural.
Graziela até
tentou se banhar nas águas geladas da Cachoeira Véu de Noiva, sem sucesso. A
mesma sentiu a sensação de câimbra e quase se acidentava ao caminhar no poço.
Imagem 17 - Fael. Cachoeira Véu de Noiva.
Serra dos Órgãos.
Teresópolis, Rio de Janeiro, 2016.
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# - Abrigo 4
Depois do banho
na Cachoeira Véu de Noiva, Fael e Graziela caminharam na “extensa” trilha, em
formato de zig zag, parecia que nunca iria acabar. Exaustos, devido a viagem e
a noite que passaram na rodoviária, com poucas horas de sono, Fael e Graziela
faziam algumas paradas que atrasava a caminhada.
Em alguns trechos é possível observar belas
paisagens serranas, como a vista do município de Teresópolis/RJ “abaixo das
nuvens”, Fael e Graziela aproveitaram o fenômeno a fim em observar. Segundo o
GPS que Fael possuía, os dois estavam a 1950m de altitude.
Imagem 18 - Fael. Serra dos Órgãos.
Teresópolis, Rio de Janeiro,
2016.
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A caminhada continuou em trechos
sinuosos, até chegar a uma trilha mais batida, contudo o solo estava encharcado
e escorregadio em alguns trechos. A trilha seguiu reta e em seguida em direção
a esquerda, sentido a Pedra do Sino. Próximo ao abrigo 4 existe uma formação
rochosa (que parece ser natural) de uma “mini-caverna” que atraiu os olhares de
Fael e Graziela. Após 06:18 minutos de caminhada, precisamente as 16:56, Fael e
Graziela chegam ao Abrigo 4.
Na Pedra do Sino,
a cerca de 2.200m de altitude, está localizado o Abrigo 4, um chalé de montanha
destinado a receber visitantes e controlar o uso das áreas de montanha. A
construção foi projetada pelo Laboratório de Produtos Florestais do IBAMA,
contando com energia solar e tratamento biológico de afluentes. O atual Abrigo
4 foi erguido sobre as ruínas das fundações do antigo abrigo, que fazia parte
da rede de abrigos da trilha da Pedra do Sino. Com capacidade para 30
visitantes (12 beliches e 18 bivaque), dispõe ainda de cozinha e banho quente. A casa foi toda construída
de madeira simples e rústica, atraindo o visitante a explorar todos os seus
cômodos. Aos arredores do abrigo estão 3 (três) áreas para camping, sendo que o
terceiro está um pouco abaixo do abrigo. A superfície é plana e coberta por
gramas.
No momento que
Fael e Graziela chegaram não tinha nenhum visitante acampado, deixando-o os
dois com algumas duvidas. A certeza era de encontrar o local movimentado,
devido aos poucos ingressos que restavam no site.
Imagem 19 - Abrigo 4. Serra dos Órgãos.
Teresópolis, Rio de
Janeiro, 2016.
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Dois
rapazes estavam no abrigo e abordaram Fael e Graziela. Os mesmo se apresentaram
como Charlie e Rolan, funcionários do Parque Nacional da Serra dos Órgãos -
PARNASO. A função deles é cuidar do abrigo e da o apoio ao visitante.
Fael e Graziela já sabiam que eles estavam a espera, pois o
vigilante da sede de Teresópolis/RJ havia comunicado, através do rádio, que um
casal teve acesso ao parque e que irá dormir no abrigo 4. Esse papel é um dos
poucos pontos positivos que merecem ser citados na administração do PARNASO.
As 19:00, Fael
tomou um banho que o congelava, Graziela ficou com medo, quase não tomava
banho. A noite estava muito fria e o banho de água quente não está incluso no
ingresso do camping. Para tomar banho de água quente deve ser pago um valor de
R$ 20,00, sendo que tem um tempo limite ao banho. Como os dois não estavam com
muito dinheiro, encararam esse grande desafio em se banhar, a noite, na água
fria da região serrana.
As 21:00, a temperatura estava em
4°, obrigando a Fael e Graziela se recolherem nas barracas. As 22:20 os dois
foram descansar para no dia seguinte continuar a caminhada na travessia
Teresópolis/RJ x Petrópolis /RJ.
Imagem 20 - Graziela, Fael, Charlie, Rolan.
Abrigo 4. Serra dos
Órgãos. Teresópolis, Rio de Janeiro, 2016.
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