- Andaraí, 30 de dezembro de 2013 – Segunda-feira.
# - Cemitério Bizantino e a Igreja de São Sebastião.
Foto
23: Igreja de São Sebastião.
Igatu, Andaraí, Bahia, 2013. |
O
caminho de acesso a Cachoeira da Califórnia fica na rua a frente do Bar de
Igatu, andando alguns metros pode observar a Igreja de São Sebastião. Sua “Construção
erguida em 1854, toda feita em rochas, a igreja é dedicada a São Sebastião,
padroeiro da vila. Atribui-se a sua construção como fruto do pagamento de uma
promessa por um garimpeiro de nome Elviro que, ao achar uma grande pedra
de diamante, resolveu, em agradecimento, construir uma igreja com a
frente voltada para o seu garimpo” (ANDARAI.BA.GOV).
Hoje, o antigo
garimpo citado, é um pequeno cemitério que enterrou muitos coronéis importantes
do distrito. Ao lado Igreja, está localizada o pequeno cemitério bizantino, parecido com o de Mucugê BA.
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24: Sendy e Jean.
Antigo bairro Luis dos Santos: Igatu, Andaraí, Bahia, 2013. |
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25: Ruínas construídas por garimpeiros.
Antigo bairro Luis dos Santos: Igatu, Andaraí, Bahia, 2013. |
Caminhando por cerca de 15 minutos, Fafau, Faaeel, Graziela,
Jean, Rafael e Sendy começaram a observar as primeiras ruínas de Igatu. Essas
Ruinas estão no antigo bairro Luis dos Santos, construído por garimpeiros.
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26: Graziela. Trilha para Califórnia:
Igatu, Andaraí, Bahia, 2013. |
Ao fundo das
ruínas, a direita da trilha, da para observar o Rio Paraguaçu suas areias,
parecendo uma “praia”. Continuando na trilha, a paisagem muda. Inicia matas
altas e a trilha se fecha ao meio de um pequeno córrego. Logo a frente,
encontra uma pequena queda que da para se banhar para aqueles que gosta muito
de água.
Por mais 10 minutos de caminhada, Fafau, Faaeel, Graziela, Jean,
Rafael e Sendy observaram uma seta apontando para o rio ao lado, a partir desse
ponto, dobrando a direita, se inicia a trilha para a Cachoeira da Califórnia.
# - Cachoeira da Califórnia.
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28: Faaeel.
Rio que da acesso para a Califórnia: Igatu, Andaraí, Bahia, 2013. |
Após
esse ponto, Fafau, Faaeel ,Graziela, Jean, Rafael e Sendy se bateram em um rio
com uma forte correnteza e uma pequena queda ao lado direito. Como a trilha
está ao outro lado, o grupo optou em fazer corrente humana para atravessar com
um auxilio de uma madeira. Sendy “cismou” em atravessar e preferiu ficar
esperando na beira do rio. Aproximadamente 10 minutos, o grupo estava ao outro
lado do rio.
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29: Fenda. Trilha para a Califórnia:
Igatu, Andaraí, Bahia, 2013. |
A partir daquele
ponto, no outro lado do rio, o grupo desconcentrou na trilha e acabou se
perdendo, pois a trilha muda para fragmentos de rochas e deve ter bastante
atenção. Inicialmente, Faaeel argumentou que deveria ir pela fenda, já que
ouviu em um relato que na trilha possui uma fenda.
Os demais cismaram e
preferiram averiguar se não tinha outro caminho. Com isso, fez com que perdesse
um pouco de tempo, mas nada que atrapalhasse. Analisando a trilha, OSPOBMOCH! e
Rafael encontraram um grupo que ia praticar escalada, e os mesmos argumentaram
se eles estavam procurando a Califórnia. Após a confirmação, esse grupo de
escaladores confirmou que o acesso até a Cachoeira é pela a fenda (a mesma que
Faaeel apontou).
Foto
30: Cachoeira da Califórnia:
Igatu, Andaraí, Bahia, 2013. |
Descendo a
fenda e mantendo atenção por conta dos cactos da espécie Xique-Xique,
distribuídos em diversos pontos, o grupo virou a esquerda, indo de encontro com
um pedaço de madeira apoiado entre duas grandes rochas. Um tronco de uma
árvore, que está localizado próximo a essas rochas, serviu de apoio para o
grupo “caminhar” por cima do pedaço de madeira, indo de acesso até a queda.
Mais a frente o grupo encontrou um córrego, com a Cachoeira da Califórnia
encravada entre os cânions ao fundo.
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31: Faaeel e Graziela.
Cachoeira da Califórnia: Igatu, Andaraí, Bahia, 2013. |
Chegando na cachoeira, OSPOBMOCH! e Rafael encontrara com outro grupo que estava praticando boulder em uma rocha próxima a cachoeira. Após se acomodaram em uma rocha que tem sua superfície plana, observando e explorando aos arredores locais. Na exploração o grupo observou uma toca que está alguns metros acima da base de descanso. Todos escalaram a rocha para ter acesso a toca.
*
Escalando um pequeno trecho, uma rocha ao lado esquerdo da cachoeira, o
trilheiro encontra uma pequena toca, junto da queda, que possibilita a observar
a cachoeira por outro ângulo. Contudo a superfície da toca é escorregadio e a iluminação é precária, pelo fato de está
ao lado direito de um cânion, impossibilitando a penetração da luz solar.
No "pico" tinha um rapaz chamado “Kbeça”, que fez amizade com Fafau. Os dois entraram em
uma toca no cânion direito, bem perto da cachoeira. Bem estreita e escura, os
dois conseguiram atravessar. Para fazer esse percurso precisa de uma lanterna e
certa experiência. Pois, tem trechos que deve ter o “macete” para passar.
Por volta das
14:30, o grupo se despediu da cachoeira e voltou pela mesma trilha. No rio
acima, Fafau, Faaeel, Graziela, Jean e Rafael se encontraram com Sendy e uma
garota que a mesma fez amizade. Como era cedo, o grupo aproveitou para curtir
um pouco do rio. As 15:30 se deslocaram para a vila de Igatu.
# - Gruna do
Badega.
Ao chegar à
vila, final de tarde, o grupo se reuniu e decidiu aproveitar aquelas horinhas
do final do dia, antes de escurecer. Jean e Sendy estavam cansados e resolveram
ficar no camping. Sendo assim, Fafau, Faaeel, Graziela e Rafael seguiram até a
Gruna do Badega um dos locais mais conhecidos e falados na vila de Igatu.
Caminhando em direção ao campo de futebol, a Gruna fica atrás de uma solitária
casa. O responsável pelo local se chama Badega, uma figura. Para ter acesso a
Gruna, deve pagar uma taxa no valor de R$ 10,00. Após acertarem o valor,
OSPOBMOCH! e Rafael seguiram na companhia de Badega, a fim de conhecer os
principais atrativos da Gruna.
Foto
32: Fafau. Poço na Gruna do Badega:
Igatu, Andaraí, Bahia, 2013. |
Após a casa,
Badega apresentou alguns objetos que foram encontrados na restauração da Gruna,
esses objetos eram usados por garimpeiros antigos. Louças, copos, talheres,
ferramentas do garimpo, etc. foram apresentados para o grupo. Ao entrar na
Gruna, observaram um imenso poço, que segundo Badega, tem a profundidade de
15m.
Foto
33: Caminho de acesso.
Gruna do Badega: Igatu, Andaraí, Bahia, 2013. |
Após a
observação do poço, Badega mandou o grupo acender as lanternas. A partir desse
ponto inicia o trecho, entre os estreitos corredores, feito pelos garimpeiros.
A construção é bem feita e planejada. Acima, com o auxílio da lanterna, observa
outros caminhos que só são acessíveis pelos locais. Badega, fez uma experiência
com o grupo, mandou apagar as lanternas e observar o silêncio que é na Gruna.
Ele também deu o exemplo de como um deficiente visual enxerga o mundo, quase ou
igual que o grupo estava enxergando naquele momento. Após essa observação,
Badega seguiu junto com o grupo até o destino final da gruna:um grande salão.
*
Percorrendo pelos trechos da Gruna, Badega mandou desligar as lanternas. A
partir daquele ponto, encontram-se velas, presas sobre as paredes. Ascendendo
uma por uma, o corredor foi se iluminando, deixando a paisagem diferenciada a
luz de velas. Após 20 minutos de caminhada, Fafau, Faaeel, Graziela e Rafael
chegaram ao imenso salão da Gruna.
Foto
34: Salão dos Garimpeiros.
Gruna do Badega: Igatu, Andaraí, Bahia, 2013. |
Ao ascender as
velas, bonecos de argilas foram aparecendo, cada boneco representa um
garimpeiro da região. Segundo Badega, os rostos dos bonecos são idênticos aos
falecidos garimpeiros. Todos com nomes e “cadastros”. O ultimo boneco do Salão
é de um garimpeiro recente que faleceu, que segundo Badega, tem netos na cidade
de Andara, Bahia, que comprova que o rosto do
boneco é idêntico a do Avô. Os bonecos são bem produzidos e todos arrumados.
Quem ver o salão, por foto, imagina que é algum ritual, é bem sinistro. A
galera que curti rock ou gosta de filmes de terror, deve adorar a paisagem
local.
Após a
observação, o grupo se despediu de Badega e seguiu de volta a vila. Fafau,
Faaeel e Graziela seguiram ao camping e Rafael foi para o Hostel onde está
instalado. A noite, marcaram de se encontrar em frente ao bar de Igatu, beberam
umas cervejas e foram a praça para assistir uma apresentação que ouviram falar
na vila. Ao chegar na praça, foram informados pela garota, que Sendy fez
amizade no rio, dizendo que não ia ter apresentação na praça por conta de
alguns comerciantes impedirem a banda tocar. Sendo assim, a mesma comunicou que
a banda ia se apresentar na casa de um rapaz chamado Vinicius.
Foto
35: Faaeel e Graziela.
Casa de Vinicius: Igatu, Andaraí, Bahia, 2013. |
Sendo assim, Fafau, Faaeel e Graziela seguiram a garota até a casa de Vinicius, enquanto Rafael ficou no bar. Jean e Sendy preferiram ficar no camping descansando e não saíram a noite. Fafau, Faaeel e Graziela curtiram o som até o inicio da madrugada. Após o show, Faaeel e Graziela voltaram a base do camping e Fafau ficou com a colega de Sendy resenhando na vila.
- Andaraí, 31 de dezembro de 2013 – Terça-feira.
# - Rampa do Caim.
Foto
36:Sendy.
Trilha para a Rampa do Caim: Igatu, Andaraí, Bahia, 2013. |
Após
curtir o belo visual, o grupo seguiu pela trilha e encontraram uma toca que é
conhecida como: “TOCA DO CAIM”, aquele ponto deveria ser base para os antigos
garimpeiros. O teto tinha manchas pretas, causado por fogo alto. Além dos
formatos de portas e janelas, que da o acesso a 03 cômodos construídos na toca,
que serve para guardar lenhas secas. Um pedaço de lona foi encontrado na toca.
Após uns registros Fafau, Faaeel, Graziela, Jean, Rafael e Sendy seguiram na
trilha em direção a Rampa do Caim.
Com
mais 40 minutos de trilha, o grupo já avistava um pedaço do Vale do Pati, sinal
de que está bem próximo. Feito 02 horas de caminhada, OSPOBMOCH! e Rafael,
chegaram a um poço bem próximo a rampa, escuro e com água parada, sem sinal de
queda, o poço é bem estranho. Não tinha córrego próximo para forma-lo, sinal de
que foi formado poru ma forte chuva (essa informação vai se confirmar mais a
frente).
Foto
37: Rio Paraguaçu.
Rampa do Caim: Igatu, Andaraí, Bahia, 2013. |
Por fim, a chegada
à Rampa do Caim, que proporciona um belo visual do Vale do Pati. A esquerda da
para observar o Rio Paraguaçu, o mais belos dos belos, com um nível normal de
água, limpa e que ainda está preservada.
Existe um mirante que oferece uma visão privilegiada do Rio Paraguaçu, o
acesso é em uma pequena trilha, a esquerda, onde oferece um melhor ângulo para
observar e tirar fotografias.
* Na
direita, da para visualizar o incrível Vale do Pati, com suas belas Serras e o
Rio Pati desenhado abaixo delas. Alguns morros famosos da para ser visualizado,
destaque para o Morro do Castelo, que fica localizado dentro do Vale do pati,
muito visitado pelos indivíduos que fazem a trilha.
Foto
39: Galera na resenha.
Rampa do Caim: Igatu, Andaraí, Bahia, 2013. |
Na observação,
Fafau se bateu com “Kbeça” (o mesmo que estava na Cachoeira da Califórnia) e
sua namorada, os dois começaram a resenhar. Outro casal estava na rampa se
juntou com o grupo para alimentar a resenha. “Kbeça” informou que choveu no
distrito alguns dias formando os córregos nas trilhas e poços. O mesmo
argumentou que faz há muitos anos a trilha da rampa e nunca tinha visto ela com
tanto volume de água como estava. Além do mais, a precipitação foi tão forte
que as quedas se formaram nos cânions na margem do Rio Paraguaçu, criando
“cachoeiras”, deixando a paisagem ainda mais bela.
Foto 40: Queda nos cânions sobre o Rio Paraguaçu. Rampa do Caim: Igatu, Andaraí, Bahia, 2013. |
Fafau e Rafael
queria descer os cânions da rampa para se banhar no Rio Paraguaçu, o problema é
que a “trilha” é uma descida bastante íngreme e sem possibilidade da volta por
contas das altas rochas. Após a analise
e a “impossibilidade” de fazer essa rota, os mesmos voltaram até a rampa e se
juntou ao grupo. As 13:30 aproximadamente, o grupo resolveu voltar até vila de
Igatu.
* A
trilha da Rampa do Caim não é complicada em se fazer, apesar de ser um caminho
longo, no trecho possui diversas marcações que facilita o “trilheiro”. Existe
umas bifurcações que estão marcadas, basta ter o macete em observar que irá
chegar até a rampa. Segundo nativos, a distância é aproximadamente de 10 km,
feito normalmente em duas horas e meia.
Foto
41:Galera. Trilha Rampa do Caim:
Igatu, Andaraí, Bahia, 2013. |
Sendo assim, o
grupo voltou pela mesma trilha até a vila de Igatu, sem pressa, curtindo a
paisagem. No caminho, existe uma planta chamada Arruda, a folha do vegetal tem
um cheiro muito forte que auxilia no desentupimento das narinas. Faaeel
inventou de cheirar e ficou logo “lombrado” com o efeito da folha.
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