*
Relato escrito por Rafael Pimentel (Faaeel Pimentel).
Olá
caro mochileiro (a), irei apresentar um pouco da paisagem urbana do município
de Mucugê, que está localizado no Estado da Bahia, apresentando os principais
pontos que explorei através da minha observação (particular) a fim de publicar
no blog, aproveitando a aula de campo vinculada às disciplinas Cartografia
sistemática e temática ministradas pelo Prof. Ms. Ricardo Bahia Rios, aplicada
às turmas do 3° e 4º semestre do curso de Licenciatura em Geografia do IFBA-
Campus Salvador. Além disso, a aula teve como participação o Prof. Ms. Nilton
Santana, que trouxe contribuições vinculadas à Climatologia e Geomorfologia.
Rota entre SSA-BA e Mucugê BA. Fonte google. |
Salvador,
24 de janeiro de 2014. Sexta-feira.
# - SSA – BA x Feira de Santana BA x Ipira-
BA
x Itaberaba-BA x Andaraí-BA x Mucugê - BA.
x Itaberaba-BA x Andaraí-BA x Mucugê - BA.
Saída combinada
as 08:00, partindo da Instituição Federal da Bahia – (IFBA). O principal
objetivo da viagem é um trabalho de campo na Fazenda Paraguassu que é um grande
agro polo e a Barragem do Apertado (que alias revelou alguns fatos que só
beneficia os grandes latifundiários) que estão no município de Mucugê-BA, aplicado na disciplina da Cartografia
Sistemática como forma de avaliação. Aproveitando a oportunidade e como a
maioria sabe que a noite e uma parte do dia os alunos são liberados para curtir
o local, aproveitei esse tempo para descrever um pouco o município através da
minha observação (FIQUE CLARO QUE É SEM CARACTER CIENTIFICO OU ACADEMICO). Estou
escrevendo de uma forma particular, sem submeter as regras que estão impostas
por ai nas normas da escrita acadêmica ou qualquer palavra que possa ser
inserida.
Bem, voltando ao
trajeto, a saída atrasou 50 minutos por conta do atraso de alguns alunos,
partindo as 08:50 da manhã. Percorrendo pela via expressa, peguei logo de cara
um engarrafamento na BR 324 sem saber o motivo em plena sexta-feira.
Fiquei
preso no engarrafamento por cerca de duas horas, esse fato ocorreu devido a um
acidente de moto no bairro do Bom Juá que levou a óbito um motociclista. O
ônibus passou bem próximo ao corpo isso já por volta das 11:00 da manhã.
Seguindo
viagem, por mais uma hora de estrada, cheguei ao município de Feira de Santana
BA. O professor pensou em parar por conta do horário para os alunos almoçar,
mas, resolveu seguir viagem. O anel de contorno estava engarrafado, o motorista
resolveu seguir pela BA-052 (Estrada do Feijão) onde é menos movimentada, com
poucas carretas.
As
14:00, aproximadamente, cheguei ao município de Ipira BA para a pausa do
almoço. Quem segue de carro, a estrada do feijão (BA-052) é o melhor caminho
para chegar ao município de Mucugê BA, por conta das poucas carretas e carros
que tem na pista. A opção que a maioria sabe, e percorre, é a BR-116 onde ocorrem
diversos acidentes, na maioria deles com carretas envolvidas. Ipira BA é um
município estratégico para uma pausa na viagem. Existem diversos restaurantes
churrascarias e lanchonetes. Eu fiz um orçamento de um PF e estava tudo caro.
Sendo assim, meu almoço foi um hambúrguer com suco. As 15:00 seguir viagem com
os colegas.
As 16:20, cheguei ao município de Itaberaba-BA,
passagem rápida. Já próximo ao distrito do Zuca, povoado do
município de Boa Vista do Tupim-BA, o transito ficou lento devido a grande
quantidades de Carretas que estavam na BR-242 seguindo para o Oeste do Estado
da Bahia. Com isso, a viagem ficou mais longa. O Prof. Ms. Ricardo, dialogou
com turma se queriam passar no Morro do Pai Inácio para fazer uma visita
técnica e aproveitar o pôr do sol, que por sinal é muito bonito, a turma
concordou. Após o combinado, o ônibus seguiu para o município de Palmeiras BA
passando direto pela entrada da BA-142 que vai para Mucugê BA. Eu, apesar de
ter visitado o Morro do Pai Inácio, sempre desejo retornar, pois, é um lugar
diferenciado e bom para curtir através da observação da paisagem. As 17:30
cheguei junto com os colegas no km 346 da BR-242, onde se localiza a estrada
que vai em direção ao inicio da trilha do Pai Inácio.
Chegando por lá, para minha surpresa, o grupo
foi impedido de subir por um indivíduo que parece ”administrar” o morro. Sem se
identificar, informou que o horário estava em cima e que não daria tempo para o
grupo chegar no cume. Para mim isso é novidade, nunca tinha visto aquilo no Pai
Inácio, enfim. O professor não estava muito afim de conta
da viagem, resolvemos então voltar e seguir para Mucugê BA.
Seguindo
a viagem, dessa vez fazendo o percurso inverso da BR-242, o ônibus passou pela
entrada do município de Lençóis BA até chegar ao entroncamento da BA-142. Chegando,
o ônibus seguiu passando pelo trevo de Nova Redenção-BA, que está uma das
belezas da Chapada Diamantina que é o poço azul e o trevo de Itaetê-BA, que é
outro município pouco explorado por conta do difícil acesso.
Cheguei
ao município de Andaraí BA por volta das 19:30, passagem rápida. Seguindo pela
BA-142, por volta das 21:00, a chegada ao município de Mucugê BA, depois de 12h
na estrada, parecia interminável.
Acomodei-me em uma pousada bem simpática que
fica no centro de Mucugê BA chamada Casa da Roça, a diária custou R$ 20,00. O
fato negativo do município é que não tem área para camping, só restando as
pousadas ou casas de nativos para acolher. Como estava em trabalho de campo,
fiquei na pousada.
* Foto tirada no dia
seguinte para a “divulgação” do local.
Após me acomodar, seguir junto com os colegas
até a praça dos garimpeiros, onde estão reunidos os botecos do município. Entre
eles, está um que serve prato feito, o famoso PF, de uma senhora, que fez cada
um por R$ 10,00. Reunir-me ali junto com os meus colegas para jantar,
acompanhada pela cerveja.
Depois da janta, aproveitei o resto da noite
para analisar a paisagem urbana da cidade. Mucugê é um dos municípios que fazem
parte da região da Chapada Diamantina, segundo o IBGE (2012), sua população é
de 10.258 habitantes e sua área é de 2.455.037 km². Após colher esses dados
básicos, sair da praça dos garimpeiros e observei logo na esquina um mapa
ilustrativo que indica os principais pontos do município. Logo a frente, tem
uma pequena praça, bem arrumada. O que chamou a atenção foi uma espécie de
“carrinho de bêbado” que está bem no centro da praça, chamando a atenção de
qualquer um que passa no local. Nesse “carrinho”, tem algumas frases para os
cachaceiros de plantão. O objeto é feito de chapa, pintado de azul claro, com
rodas de carro de mão. Além disso, possuem dobradiças e frases escritas com
tinta preta. Fica a disposição para qualquer um deitar ou apenas observar.
Após essa breve analise, fui para pousada
descansar, pois, no dia seguinte, tinha que acordar cedo para realizar o
trabalho de campo. Quando terminar a atividade, continuarei analisando a
paisagem do município.
Mucugê,
25 de janeiro de 2014. Sábado.
# - Cemitério Bizantino x
Centro.
Acordei
as 07:00h da manhã, aproveitei a variedades do café da manhã na pousada e seguir
no ônibus do IFBA para realizar a atividade de Campo na Fazenda Paraguassu. A
fazenda é um grande agro polo que faz parte da economia do município. A analise
do local revelou fatos não agradáveis para mim e meus colegas, não irei comentar
aqui quais foram, enfim. Irei argumentar a produtividade que a atividade do
professor Nilton da disciplina de Geomorfologia, onde analisou o relevo que
envolve a fazenda junto com a turma, e o Professor Ricardo analisando a
localização com o auxilio de: cartas, mapas e gps.
Ao
12:00 a atividade tinha terminado, o ônibus parou próximo ao cemitério
Bizantino de Mucugê. Para mim foi bom, porque estava pensando em ir ao final da
tarde, já que parou bem próximo, aproveitei para explorar.
Na margem da BA-142, o cemitério
bizantino Santa Isabel foi fundado em 1847, erguido em função de uma forte
epidemia de cólera que assolava a região, o local da construção foi escolhido
devido a sua localização elevada, protegendo assim os mananciais e o lençol
freático do local.
Alinhados
horizontalmente, formando ruelas que sobem a encosta da Serra do Sincorá, os
túmulos são construído de tijolos de alvenaria, rebocados e pintados de branco.
Suas formas arquitetônicas remetem ao estilo gótico, em que os túmulos imitam
fachadas de igrejas, e tem em seu adorno pináculos (elementos em forma de
pinos), volutas e arcos. Esta forma pontiaguda fazia referência ao contato com
o céu. O cemitério se apresenta de forma desordenada, até mesmo pela disposição
do relevo em que se encontra, tendo no ponto mais alto um túmulo de maior destaque,
possivelmente pertencente a alguém de grande notoriedade na história local.
Após observar o cemitério bizantino, seguir até
a praça dos garimpeiros onde alguns dos meus colegas estavam por lá para
almoçar. As 14:00 seguir para o parque sempre viva que fica na margem da BA-142
(Sentido Norte) que está no parque municipal de Mucugê. Para ter o acesso, paga
uma taxa de R$10,00, com direito a palestra, amostras de objetos e uma pequena trilha. A visita ao parque foi a
segunda parte do trabalho de campo.
Por volta das 15:30, seguir de volta para a pousada e a atividade de campo estava concluída, sobrando tempo livre para curtir o município. Aproveitei esse tempo para observar e fotografar alguns monumentos para finalizar o relato urbano sobre o município.
Como falei anteriormente, existe um ponto chamado Praça dos garimpeiros, lá está a maioria dos botecos da cidade e um espaço que acontece eventos, alem de um posto de saúde.
Por volta das 15:30, seguir de volta para a pousada e a atividade de campo estava concluída, sobrando tempo livre para curtir o município. Aproveitei esse tempo para observar e fotografar alguns monumentos para finalizar o relato urbano sobre o município.
Como falei anteriormente, existe um ponto chamado Praça dos garimpeiros, lá está a maioria dos botecos da cidade e um espaço que acontece eventos, alem de um posto de saúde.
Saindo da praça dos garimpeiros e virando a direita, observa a rua limpa, com base de paralelepípedos e as residências com o modelo arquitetônico colonial, a maioria delas preservadas. Nessa rua se destaca a loja trilhas e caminhos que vendem mapas das trilhas da Chapada Diamantina, uma referência para os trilheiros que visitam a região, a delegacia de policia, panificadoras, bares/restaurantes e uma agência de turismo, sendo bem movimentada em feriados.
Na mesma rua, encontra outra praça, que fica logo a frente da prefeitura. Bem maior que a primeira
citada, é um ponto de encontro de vizinhos e casais. Possui uma ”casinha” (coreto) acima
e plantas exótica.
No final da rua, pode observar uma das igrejas
mais antigas da região da Chapada Diamantina, a Igreja Matriz de Santa Isabel. Construída
em meados do Sec. XIX pelo Frei Caetano de Troyria com grande auxílio da
população, em um terreno doado pelo coronel Reginaldo Landulpho. A edificação
apresenta uma fachada neoclássica, com três naves internas e um coro em formato
de U, estruturados por uma
alvenaria em pedra e pilares internos (IPHAN, 2014).
A noite visitei o museu municipal que guarda alguns
objetos da época do ciclo do diamante, no Século XX, além de cartas e
fotografias dos coronéis que governaram no inicio da República a partir de
1889. Conversei com a dona, que argumentou um pouco da História do Município,
falou o porquê da construção do cemitério que está citado mais acima e dos
coronéis que governaram a cidade de Mucugê BA. A família que predomina na
cidade é os Medrados que tem uma representação na prefeitura que é a atual
prefeita.
Não postarei fotos porque é proibido fotografar dentro do museu, infelizmente se você ficou curioso em saber como é esses objetos, só indo na cidade para conhecer. O horário de funcionamento eu não sei exatamente qual é, a certeza que tenho é a noite, onde está aberto a partir das 18:00.
É isso ai amigo viajante, espero que o relato possa ter despertado algum interesse sobre o lugar. Qualquer duvida é só mandar para o e-mail abaixo:
Não postarei fotos porque é proibido fotografar dentro do museu, infelizmente se você ficou curioso em saber como é esses objetos, só indo na cidade para conhecer. O horário de funcionamento eu não sei exatamente qual é, a certeza que tenho é a noite, onde está aberto a partir das 18:00.
É isso ai amigo viajante, espero que o relato possa ter despertado algum interesse sobre o lugar. Qualquer duvida é só mandar para o e-mail abaixo:
Até o próximo relato.
* Retificado em 02.06.2016
* Retificado em 02.06.2016
Boa noite! Sou moradora da cidade de Mucugê e tenho algumas considerações sobre seu relato que por sinal foi bem produtivo, exceto por alguns motivos: "Logo a frente, tem uma única agência da cidade que é a do Banco do Brasil (BB), essa agência é famosa em Mucugê-BA por conta dos assaltos que ocorre pelo menos uma vez ao ano. O ultimo levou 06 pessoas a óbito. Esse é o único ponto negativo do município que é os assaltos ao banco. A cidade não é violenta, é bastante tranquila, só esse fato do banco que deve ficar atento e evitar passar próximo, aconselham." essa quantidade de mortos em assalto 06 mortes que você citou, fato que não é verídico, aqui nunca teve essa quantidade de assaltos nem nesse curto período de tempo, muito menos mortos aqui em um dos 03 assaltos teve 01 morte que para nós que não estamos acostumados com violência foi uma grande perda.Outro fato, você se referiu com o nome errado a rua Praça Coronel Douca Medrado ( falou garimpeiros) e o que você chama de casinha rsrsr é um coreto.
ResponderExcluirO museu Municipal é de entrada livre e fotos desde que sem flash pode sim tem um aviso lá, pode ser que não estava visível, na oportunidade sugiro a você a fazer uma visita ao museu do Garimpo que fica dentro do Parque Municipal creio que irá ser bem proveitoso, então é isso , agradeço pelo interesse por minha cidade e pela contribuição em relatos.
Olá ! Flor. Boa noite. Agradeço muito a sua atenção por ler o relato.
ExcluirApós ler seu comentário e está atento as suas ponderações, eu irei replicá-las.
Bem...
1 - Tu argumentou do assalto ao BB:
Segundo três moradores que dialoguei e não citei o nome, uma vez por ano, pelo menos, acontecia assalto na agência (até 2013)... Inclusive o ultimo vitimou 1(um) cliente e (5) cinco assaltantes, totalizando 6 óbitos, devido ao assalto na agência. Como eles convivem diariamente na cidade, fiz as anotações. Contudo, posso editar esse parágrafo, até porque Mucugê/BA não é retratado por isso.
2 - A praça do garimpeiro (a 2° citada):
realmente está errada. Irei retificar e agradeço pelo aviso ( só a legenda das fotos 13 e 14 que não poderá ser corrigida no momento, devido ao formato do arquivo). A questão da construção do coreto será explanado;
3 - O Museu:
mesmo com a maquina sem flash, fui avisado que não poderia ser registrado nenhum objeto dentro do museu através de fotos, inclusive a colega que estava com o celular, sem flash, foi impedida por uma senhora, que chamou a atenção a ler o aviso que estava colado na parede, proibindo fotos na parte interna do museu. Todos estranharam tal atitude na época.
E do mais agradeço, mais uma vez, pela atenção e detalhes na leitura do relato.
Abraços e tudo de bom :D