08 - Pico das Almas (1958m) - Rio de Contas BA (PARTE 02)



Saindo da sua residência, Dona Sebastiana pegou um atalho bem à frente sem a necessidade de seguir a estrada principal. Após uma caminhada de 10 minutos, em mata fechada, os três se bateram de frente da Fazenda Silvana.



Diferentes como Faaeel e Graziela imaginaram, a Fazenda parece fantasma, sem ninguém residindo, com algumas partes conservadas da casa e a cancela. Dona Sebastiana informou que não ver pessoas por ali há um tempo. Também não soube explicar qual era sua produção de fato. Após essa observação, os três seguiram pela estrada até o inicio da trilha logo à frente.

Foto 13: Fazenda Silvana: Povoado de Brumadinho. Rio de Contas, Bahia, 2013.

Passando por algumas cancelas e “escalaminhando” entre as rochas, Dona Sebastiana, Faaeel e Graziela chegaram ao Vale do Queiroz após uma hora de caminhada, o lugar é muito bonito, com imensas formações rochosas ponte agudas, vegetação baixa, poucas árvores, um poço com águas cristalinas atraindo vários pássaros ao banho e uma área plana para o camping com uma espécie de “fogareiro” construído com fragmentos de rocha completando com vista do Pico das Almas (1958m), o morro mais alto da paisagem local. Após essa breve observação, Faaeel e Graziela se despediram de Dona Sebastiana e seguiram em uma trilha batida, passando em uma parte de vegetação alta, indo de encontro com um riacho.


Foto 14: Graziela e Dona Sebastiana: Trilha do Pico das Almas.
Rio de Contas, Bahia, 2013.

Foto 15: Graziela. Vale do Queiroz: Rio de Contas, Bahia, 2013.


Foto 16: Piscina no Vale do Queiroz: Rio de Contas, Bahia, 2013.


Foto 17: Faaeel, Vista do Pico das Almas. Vale do Queiroz:
Rio de Contas, Bahia, 2013.


Atravessando o riacho, Faaeel coloca a mão no bolso afim de consultar a bussola com o propósito em saber o seu ponto. Para a sua surpresa, a bussola não estava no bolso. Ansioso, o mesmo procurou na mochila, na capa da maquina no chão e nada de encontrar. Graziela acalmou o mesmo e orientou que voltasse em direção a trilha e procurar, após uns 10 minutos, Faaeel achou a bussola ao lado direito da trilha (voltando). Com isso, seguiram ao riacho onde atravessou percorrendo em uma trilha batida até a uma rocha.


Ao chegar na rocha, à trilha acaba. As duvidas começaram a surgir. Faaeel já esperava que tinha partes da trilha de rochas ou lajedos, mais essas rochas não estava desgastadas, parecia que não via gente a tempos. Então, Faaeel e Graziela se separaram e foram procurar a trilha. Após uma hora procurando, os dois voltaram ao mesmo ponto no final da trilha que termina na rocha dizendo que não encontraram. Faaeel parou, pensou e viu a água escorrendo das rochas, vindo de lá de cima do morro. Lembrando que Dona Sebastiana falou da água canalizada da sua casa, Faaeel matou a charada e resolveu seguir essa água que vinha de lá de cima. Lembrando que o ponto final da trilha que termina na rocha, não da para ver o Pico das Almas (1958m).


Seguindo as rochas, guiados pela água, após uns 10 minutos de subida, Faaeel e Graziela encontraram a trilha de rochedos, não totalmente marcada, mais ai você tem que ter o macete de trilhas. Seguindo essa trilha, se bate com outra trilha bem marcada, “subindo o primeiro morro e pegando o segundo”.

Foto 18: Trilha batida. Pico das Almas: Rio de Contas, Bahia, 2013.


Após caminharem cerca de 20 minutos, os dois se bateram com uma espécie de “portal”. Faaeel lembrou do Portal das Almas destacado em um relato de um rapaz e então sábia que ali era o Portal e que já estava perto do inicio da subida até o cume. Graziela e Faaeel pararam, registraram umas fotos e seguiram em direção ao cume do Pico das Almas.


Foto 19: Graziela. Portal das Almas. Vale do Queiroz:
Rio de Contas, Bahia, 2013.


Caminhando pela a trilha batida, Faaeel e Graziela chegaram ao ponto de lajedo onde é se inicia uma subida bastante íngreme em direção ao cume.


ATENÇÃO !

No decorrer da trilha após o portal das almas, a paisagem vai se diferenciar , as partículas de rocha vão da lugares a um imenso lajedo. Quando você observar esse ponto, tu vai olhar a sua esquerda e subir os lajedos (SEM TRILHA) ai tem que ter a técnica de conhecer trilha, o macete é as rochas desgastadas. A subida bastante íngreme, finalizando com uma pequena trilha batida que vai dá ao cume do Pico das Almas (1958m). Lembrando que nesse ponto de inicio a subida ao cume, tu vai observar uma trilha à frente, NÃO VÁ ! Essa trilha  não sabemos onde vai parar. Por fim das duvidas, suba em direção ao cume pegando a esquerda.



Faaeel e Graziela tiveram um pouco de dificuldade em descobrir esse ponto, de acordo com o mapa (TRILHAS E CAMINHOS) o indivíduo contorna praticamente a metade do morro e inicia a subida, Faaeel e Graziela, para aumentar as suas duvidas, observaram uma trilha logo a frente e batida. Eles seguiram por ela, porém, observaram que não estavam contornando o Pico das Almas (1958m). Então resolveram voltar e estudar o ponto que muda de características citado acima. Na observação, Faaeel e Graziela detectou rochas desgastadas provavelmente com passagem de indivíduos no local, sinal de que botas passam por ali e assim resolveram subir.


Na subida, os lajedos dão lugares a uma trilha batida que termina no topo do Pico das Almas (1958m), a subida não é em linha reta, ora quebra a esquerda, ora a direita e assim você vai seguindo tendo como destino a vista dos 1958 metros de altitude do Pico das Almas.

A vista é incrível, em 360° o indivíduo observa: formações rochosas da serra, o Vale do Queiroz, a direção onde estão os Picos do Itobira (1970m) e do Barbado (2033m), alem do percurso que você fez. Um momento triste na chegada ao cume foi à observação de um incêndio em grandes proporções que atingiu a redores do Pico do Itobira (1970m), as chamas estavam altas, se duvidar, com mais de 4 metros. Os dois ficaram tristes com aquele fato, fizeram uma filmagem e registraram fotos a fim de chegar no centro de Rio de Contas BA e avisarem a CAATINGA/CIPE para  tomar as providências cabíveis. 


Foto 20: Incêndio de grandes proporções aos redores do Pico do Itobira (1970m).

Pico das Almas: Rio de Contas, Bahia, 2013.


Com a conclusão das fotos e da filmagem sobre o incêndio, Faaeel e Graziela seguiram a outros pontos do pico afim de tirar fotografias. Uma nuvem cinza aproximou de repente fechando o tempo, Faaeel preocupado resolveu descer do cume e voltar a casa de Dona Sebastiana. Já faz um tempo que não chove e quando vier vai ser daquelas chuvas de da medo, ainda mais em um  ponto a 1958 metros de altitude, por precaução os dois desceram e voltaram pela mesma trilha em direção a roça.


Foto 21: Vista no Pico das Almas (1958m): Rio de Contas, Bahia, 2013.

Foto 22: Graziela. Pico das Almas (1958m): Rio de Contas, Bahia, 2013.



Agora com a rota em mente, Faaeel e Graziela voltaram tranquilamente, descendo a serra em direção ao Vale do Queiroz. No inicio da trilha batida após o ponto que da ao cume, Faaeel observou uma espécie de orquídea e o mesmo registrou. Na região é comum ter essas espécies.



Foto 24: Orquídea. Trilha do Pico das Almas (1958m): Rio de Contas, Bahia, 2013.


Com a volta tranquila e sem pressa, Faaeel e Graziela chegaram ao Vale do Queiroz após aproximadamente 1h de caminhada. Inicio da tarde, resolveram apreciar um pouco o vale com um banho no poço de águas cristalinas. Após o banho observaram os pássaros se banharem no poço, a água atrai várias espécie de aves, além do mais, Faaeel observou uma linda Sempre viva no local e registrou a planta.


Foto 25: Paepalanthus Classenianus (Sempre Viva). Vale do Queiroz:
Rio de Contas, Bahia, 2013.


As 15:00, Faaeel e Graziela se despediram do Vale do Queiroz e seguiram até a base do acampamento chegando em torno das 16:00h. Quando os dois retornaram, foi uma festa. Dona Sebastiana ficou angustiada pensando que Faaeel e Graziela tinha se perdido, a mesma teve essa reação pelo fato de um grupo de turista de São Paulo que foi visitar o Pico sem o auxilio de um guia se perderam dando muito trabalho para achar, ela acompanhou esse resgate. Mais como eles já tinham experiência, sabiam onde estava percorrendo e sábia como resolver em caso de “se perderem”.



Na resenha, o dia se foi e a noite chegou acompanhada de um vento forte e bastante frio, Faaeel Graziela jantaram um prato variado completando com um bom café, Dona Sebastiana ao ver a maquina fotográfica pediu para que se registrasse uma fotografia dizendo para sempre lembramos dela quando os dois observasse a foto, Faaeel e Graziela ia registrar a imagem mesmo sem ela pedisse, com isso, tiraram a foto. Faaeel e Graziela vão embora no dia seguinte, perguntou a Dona Sebastiana se não tinha algum morador que ia ao centro, a mesma respondeu que tem um ônibus escolar que sai as 06:00h da manhã, após essa indicação, Faaeel e Graziela foram se recolher para acordar o mais cedo possível a fim em conseguir essa carona no ESCOLAR.

Foto 26: Dona Sebastiana, Graziela e Sra. Adélia. Brumadinho:
Rio de Contas, Bahia, 2013.


É isso ai amigo (a), após a rota do Pico das Almas (1958m), Faaeel e Graziela fizeram a Cachoeira do Fraga (RELATO AQUI) e para no dia seguinte os mesmos pretende seguir para o próximo pico que será contado no outro relato ( Pico do Itobira 1970m).

Espero que o relato tenha contribuído para o seu roteiro. Qualquer duvida só é mandar para o e-mail:


ospobresmochileiros@gmail.com


Até o próximo relato.








Um comentário:

  1. Gostei sim do relato brother. pretendo fazer este roteiro em março do ano que vem e as dicas aqui de traslado e trilhas serao uteis! abracao!

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Olá ! Comentário com duvidas mande através do e-mail: ospobresmochileiros@gmail.com
Peço esse favor pelo fato da pagina não está me notificando quando um leitor escreve no comentário dos relatos.

No e-mail a resposta é rápida .

Gratidão.

SEJA BEM VINDO

Inicio esse blog com uma adaptação de um prefácio do livro Homens e Caranguejos, escrito pelo autor Josué de Castro (1908-1973), na perspectiva em mostrar ao leitor o que os relatos podem contribuir (ou não) em seu planejamento, em sua viagem, ou até mesmo na construção de um capitulo da sua vida.

" Nas terras [...] do Nordeste brasileiro, onde nasci, é hábito servir-se um pedacinho de carne seca com um prato bem cheio de farofa. O suficiente de carne - quase um nada- para dar gosto e cheiro a toda uma montanha de farofa feita de farinha de mandioca, escaldada com sal. Foi talvez, por força, deste velho hábito da região do Nordeste Brasileiro, que resolvi servir ao leitor deste blog, muita farofa com pouca carne. Sentido que a história que vou contar (através dos relatos), uma história magra e seca, com pouca "carne de emoção". Resolvi desenvolver os textos bem explicativo que engordasse um pouco desse blog e pudesse, talvez, enganar a fome do leitor - a sua insaciável fome de aventura e emoção - em busca de objetivos e ações na constituição de um "novo", uma mudança em suas práticas cotidianas, na concepção em viver os momentos e aproveitar o sentido da vida" (CASTRO, 1967).

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